domingo, 24 de fevereiro de 2013

Mitos do Síndrome do Pânico 5


 Mitos do Síndrome do Pânico
Existem vários mitos e más interpretações relacionadas com a síndrome do pânico. A frase “Estou a ficar maluco?” aparece sempre na mente das pessoas quando têm os seus primeiros ataques de pânico. Hoje vamos desmistificar os mitos da síndrome do pânico. Em primeiro lugar é preciso saber quais são as manifestações físicas e mentais da síndrome do pânico e saber quais são os sintomas mais comuns.
A reação normal é o medo de estar a ficar maluco quando se sofre dos ataques de pânico iniciais. A maioria das pessoas sabe pouco sobre esta doença psicológica, e por isso muitas pessoas tiram conclusões extremas e precipitadas. Essas conclusões são normalmente baseadas na ansiedade, informação falsa e imaginação forte.
Estes são alguns dos mitos da síndrome do pânico e da ansiedade:

A doença mental mais conhecida é a esquizofrenia – a palavra já assusta uma pessoa normal.
A esquizofrenia é um transtorno caracterizado por sintomas tão severos como problemas na fala, ter delírios ou convicções estranhas (muitas pessoas que sofrem desta doença dizem que ouvem vozes) e alucinações. Além disso, a esquizofrenia tem uma predisposição genética forte. A esquizofrenia não é uma manifestação mental da síndrome do pânico.
Normalmente a esquizofrenia começa muito suavemente e não de repente como os ataques de pânico. Adicionalmente, como está na família, só uma minoria das pessoas pode ficar com esquizofrenia, e nas outras pessoas por muito estresse que tenham nada pode causar isso.
O terceiro ponto importante é que as pessoas que ficam esquizofrênicas mostram sintomas durante toda a sua vida (como pensamentos pouco normais, diálogos floreados, etc.). Por isso, se ninguém notou isso em si, então não há grande probabilidade de ficar esquizofrênico. Isto é especialmente verdade se já tem mais do que 25 anos, pois a esquizofrenia normalmente aparece no fim da adolescência até aos 25 anos.

Durante um ataque de pânico algumas pessoas tem medo de “perder o controlo”. Esta perda de controlo pode ser corporal, ou seja, que os seus órgãos vitais vão desligar ou de perder o controlo mental e da interpretação da realidade. Muitas vezes as pessoas que odeiam ser envergonhadas em situações sociais é que sofrem mais disto.
Perder o controle pode ir de pensar que vai atropelar um passante inocente enquanto conduz, ou pegar numa faca e matar a pessoa que está perto de si.
Não se preocupe! Por muito alarmantes que esses pensamentos sejam você não vai cometer nenhum destes atos! Relaxe. A razão que você está a sentir esses pensamentos é porque sente o seu corpo fora de controlo. A sua mente sente que se o seu corpo está fora de controlo, a mente é a próxima da lista.
Você não vai perder a cabeça. Eu tenho quase a certeza que em todos os ataques de pânico que teve em lugares públicos, ninguém notou nada e você tinha uma aparência confortável. Por natureza o ser humano é um animal social e temos pavor de ser vistos em algum tipo de situação embaraçosa. Saltar da sua cadeira numa reunião de negócios e começar a gritar por uma ambulância pode passar pela sua cabeça é improvável. Se você pensar bem, mesmo se nos envergonharmos socialmente, não é o fim do mundo.
Temos de aprender a ser mais calmos conosco. E se fizéssemos uma grande cena e passarmos por uma grande vergonha? A vida é demasiado curta para manter as aparências a toda a hora. Quanto mais honesto você for com os seus medos, menos pressão está a por nos seus ombros.

A base do medo de desmaiar em público é que nos tornamos tão vulneráveis, especialmente se estivermos sozinhos. Quem vai olhar por nós enquanto estamos sem sentidos no meio da rua? Também temos medo de desmaiar por ter tanto medo e de talvez nunca acordar, mas sim entrar em coma ou morrer. Os desmaios acontecem por falta de circulação sanguínea no cérebro. Quando desmaiamos o nosso corpo cai no chão e assim o sangue tem mais facilidade de chegar ao cérebro – esta é mais uma forma inteligente do organismo se proteger.
Para simplificar, desmaiar durante um ataque de pânico é pouco provável devido à quantidade de sangue que está a circular. O coração bate mais rápido que o normal e o cérebro tem sangue suficiente para se manter ativo. As tonturas sentidas durante um ataque de ansiedade são causadas pela respiração acelerada, e enquanto pode ser confuso para a pessoa esse efeito é inofensivo e não leva ao desmaio.

Quase todas as pessoas que tem ataques de ansiedade têm medo de ter algum problema no coração. Vamos olhar para os fatos.
Os principais sintomas de problemas de coração são a falta de ar, dores no peito, e as ocasionais palpitações e desmaios. Estes sintomas são geralmente relacionados com a intensidade do esforço físico. Isso quer dizer, quanto mais exercício faz, piores ficam os sintomas e quanto menos exercício fizer melhor.
Os sintomas normalmente desaparecem rapidamente se o indivíduo descansar. Isto é muito diferente dos sintomas associados com os ataques de ansiedade. Certamente os sintomas de um ataque de ansiedade podem ocorrer durante o exercício, mas são diferentes dos sintomas de um ataque cardíaco porque ocorrem frequentemente quando ocorrem enquanto não está a fazer atividades físicas. O mais importante é que as doenças cardíacas produzem sempre cargas elétricas no coração, que são facilmente detectadas por um electrocardiograma. Nos ataques de pânico a única coisa que aparece no electrocardiograma é um leve aumento do batimento cardíaco.
Por vezes existem pessoas que pensam da mesma forma sobre o batimento cardíaco e a respiração. As pessoas se convencem a si próprias que quando se preocupam demasiado sobre o coração ou se concentram demasiado no ritmo do coração, pensam que o coração fica confuso e que ele se esquece de como deve bater corretamente. É comum as pessoas que sofrem de ataques de pânico monitorizarem regularmente os batimentos cardíacos para ver se o coração ainda está a funcionar.
É verdade que nós podemos afetar o batimento cardíaco através da mente. Quando nos concentramos podemos verificar um ou dois batimentos irregulares. Isso não é nada com que se preocupar. Lembre-se que os nossos corpos tem uma grande inteligência interna e só por querer que o seu coração pare isso não vai acontecer. Deve aprender a ficar mais confortável em relação ao seu coração, o deixe fazer o seu trabalho. Tente ouvir o seu coração quando está relaxado e também quando faz exercício. Quanto mais confortável você está com os diferentes ritmos cardíacos, mais confiança vai ter nele quando está com problemas.
Se estiver com preocupação em relação a problemas de coração então faça um electrocardiograma para ficar com a consciência tranquila. Se você fizer um electrocardiograma e o médico diz que está tudo em ordem então pode assumir com segurança que não tem problemas cardíacos. Além disso, se os sintomas ocorrem em outras alturas sem esforço físico, você tem mais uma prova que não tem problemas cardíacos.

Este é um sintoma que não é muito falado na literatura dos ataques de pânico e da ansiedade. É o sentimento de irrealidade e de desconexão que alarma muitas pessoas, pois pensam que estão a perder o juízo e a dar em malucas.
As pessoas que têm ataques de pânico dizem muitas vezes que se sentem desconectadas do mundo e parece que estão fora da realidade. Esta sensação é descrita como se o mundo se tivesse tornado uma mera projeção de um filme. Esta sensação é alarmante e muitas vezes leva a pessoa a pensar que houve alguns danos permanentes no seu cérebro, causando estas sensações.
Uma manifestação típica deste caso é quando uma pessoa está a ter uma conversa com alguém e de repente se sente muito isolada e fora da situação. Quando a sensação aparece ela pode ter um impacto tão grande que demora dias a desaparecer, pois a pessoa não deixa de pensar nisso.
Eu estou a falar nisso, pois é uma coisa que muitos médicos e especialistas não falam. Isto não passa de um efeito secundário de ansiedade em excesso e vai desaparecer quando o seu corpo aprender a relaxar. Quando o organismo volta ao estado normal de relaxamento e tem a oportunidade de decompor alguns químicos em excesso que foram produzidos pelas glândulas suprarrenais as coisas ficam melhores. Deve dar tempo a estas coisas e essas sensações vão calmamente diminuindo e desaparecendo.
Como vê a síndrome do pânico não é o fim do mundo e quando você começa a entender o problema têm mais força para encará-lo. O tratamento da síndrome do pânico e possível se você seguir os passos certos. Você pode se inscrever na nossa Newsletter para receber técnicas para eliminar a síndrome do pânico! É grátis e tenho a certeza que vai ajudar!

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