sábado, 1 de setembro de 2012


É a taquicardia mais freqüente no consultório dos cardiologistas. É um ritmo irregular proveniente dos átrios. Sua prevalência aumenta com o avançar da idade, atingindo mais de 10% dos idosos acima de 70 anos e pacientes portadores de doença cardíaca. Em vez de um único estímulo elétrico (originado no nó sinusal no átrio direito) viajar pelo átrio até o nódulo átrio-ventricular, muitos impulsos (300 a 600 impulsos por minuto) originados nos dois átrios competem para atravessar o nódulo átrio-ventricular. O nódulo átrio-ventricular promove uma filtração desses impulsos e só deixa passar alguns, proporcionando um ritmo irregular. Os ventrículos batem muito rapidamente, o que impede o seu enchimento completo de sangue. Por essa razão, o coração bombeia quantidades insuficientes de sangue, a pressão arterial cai e o indivíduo pode apresentar alguns sintomas.

Eletrocardiograma demonstrando fibrilação atrial. Ritmo rápido e irregular
Quais os sintomas da fibrilação atrial?

A fibrilação atrial pode não provocar sintoma algum ou levar a diversos sintomas. Os sintomas mais comuns são palpitação, fadiga, cansaço aos esforços, falta de ar, desmaios, tonteira, dor no peito.
O surgimento da fibrilação atrial pode piorar algumas doenças já existentes como a doença coronariana (aumentando os episódios de angina) ou a insuficiência cardíaca - “coração crescido” (aumentando a falta de ar e o inchaço).

Às vezes, a fibrilação atrial pode promover a formação de coágulos no coração que se desprendem e levam ao entupimento das artérias (embolização) em diversas partes do corpo. Esse entupimento pode causar um acidente vascular cerebral (AVC, trombose), se obstruir uma artéria no cérebro, ou trombose em outros locais (rim, intestino, braços, pernas). A chance de um portador de fibrilação atrial ter um AVC é 5 a 7 vezes maior do que a população normal.
O que causa a fibrilação atrial?

A fibrilação atrial pode ocorrer em pessoas sem nenhuma doença. Nesses casos, pode estar relacionada à ingestão de álcool, drogas ou alterações nas concentrações de alguns componentes do sangue(eletrólitos). Em alguns casos, nenhuma causa é encontrada.
Algumas doenças podem predispor à fibrilação atrial, como: hipertensão, doença arterial coronariana, insuficiência cardíaca, doença valvar cardíaca, doenças cardíacas congênitas, doença pulmonar crônica, hipertireoidismo, infecções, após cirurgia cardíaca.
Como diagnosticar a fibrilação atrial?

A fibrilação atrial pode ser diagnosticada através do exame físico (ausculta do coração – avaliação dos batimentos cardíacos com um aprelho sobre o tórax) feito pelo médico e, confirmada através de alguns exames:
  • Eletrocardiograma: registro dos impulsos elétricos cardíacos através de eletrodos colocados sobre a pele do tórax, braços e pernas. Na fibrilação atrial, esses impulsos são irregulares e não é visualizada a onda P (impulso que representa a contração dos átrios).
  • Holter de 24 horas: trata-se de um aparelho portátil que grava o eletrocardiograma por 24 horas. A gravação é analisada por um médico, que avaliará o ritmo do paciente, as freqüências mínima, máxima e média e correlacionará os sintomas com o aparecimento de arritmias.
  • Monitor de eventos (looper): as crises de fibrilação atrial podem ser limitadas, dificultando o diagnóstico. Por vezes, torna-se necessário monitorar o ritmo por períodos prolongados (semanas ou meses) com um aparelho que é acionado pelo paciente quando apresenta algum sintoma.
  • Teste ergométrico: útil para diagnosticar a fibrilação atrial que surge durante esforços físicos.
Como tratar a fibrilação atrial?

O tratamento da fibrilação atrial consiste de alguns pontos chaves:
  1. Tratar a causa básica, se houver;
  2. Controlar a freqüência cardíaca (deixar os batimentos cardíacos mais lentos);
  3. Restaurar o ritmo normal (sinusal) e
  4. Prevenir a formação de coágulos.
As opções para atingir estes objetivos são várias: medicações, cardioversão elétrica, ablação por cateter ou cirurgia.
1. Tratamento da causa básica: corrigir problemas nas válvulas do coração através de cirurgias, tratar doença nas artérias coronárias (por angioplastia-cateterismo com colocação de “stent” ou cirurgia de revascularização miocárdica - ponte safena), tratar hipertireoidismo (remédios, iodoterapia e/ou cirurgia), evitar o uso de álcool e drogas, além de realizar modificações no estilo de vida (realizar exercício físico, parar de fumar, evitar a ingestão excessiva de cafeína ou outros estimulantes).
2. Controle da freqüência cardíaca: pode ser realizada através do uso de algumas medicações (exemplo: propranolol, carvedilol, verapamil, diltiazem, etc) ou através da ablação do nó átrio-ventricular e marcapasso (fechamento do canal que comunica os impulsos elétricos que vêm do átrio para os ventrículos).
3. Restauração do ritmo normal (sinusal): pode ser realizada através de medicações (amiodarona, sotalol, propafenona), cardioversão elétrica (choque elétrico), ablação por cateter ou cirurgia. A taxa de sucesso com as medicações é de apenas 30%-60%, enquanto que a ablação por cateter da fibrilação atrial pode proporcionar um sucesso de 65%-85%.
4. Prevenção da formação de coágulos: algumas medicações são utilizadas para diminuir a chance de formar coágulos no coração, como os antiplaquetários (aspirina, clopidogrel, ticlopidina) ou anticoagulantes (warfarin – Marevan® ou Coumadin®). Os anticoagulantes necessitam do controle da dose através de um exame de sangue - tempo de ativação da protrombina (INR). Saiba mais
Como é ablação por cateter da fibrilação atrial?

A ablação por cateter da fibrilação atrial está indicada quando os pacientes não toleram as medicações ou quando elas falham em manter o ritmo normal do coração (sinusal).

Consiste na aplicação de energia de radiofreqüência através de cateteres que cauterizam o tecido cardíaco ao redor das veias pulmonares no átrio esquerdo e em alguns outros pontos (locais responsáveis pelo surgimento da fibrilação atrial). Essa cauterização promove uma cicatriz que bloqueia a passagem de estímulo elétrico anormal das veias pulmonares para o átrio e evita a fibrilação atrial. sonda de ultrassom intracardíaco é introduzida no átrio direito. Um sonda de ultrassom é introduzida no átrio direito através de uma veia na perna esquerda. Através ultrassom, visualiza-se a parede entre os átrios e com uma agulha atravessa-a, colocando dois cateteres (um para localizar as veias pulmonares e outro para realizar a cauterização). Dessa forma, são realizadas várias aplicações de radiofreqüência que cauterizam o tecido entre as veias pulmonares e os átrios.

A taxa de sucesso, dependendo do tipo de fibrilação atrial, pode chegar a 85%, com risco de complicações menor que 1%. Portanto, a ablação por cateter da fibrilação atrial tem se tornado um excelente método para o tratamento definitivo da fibrilação atrial.

Como diagnosticar a arritmia?

O primeiro passo é procurar um médico cardiologista (médico de coração), que irá realizar um interrogatório sobre os sintomas e um exame físico no paciente. Após esses procedimentos, ele solicitará alguns exames para esclarecer o diagnóstico, como por exemplo:
  • Eletrocardiograma: registro dos impulsos elétricos cardíacos através de eletrodos colocados sob a pele no tórax, braços e pernas. O resultado pode ser normal, mesmo em pacientes com arritmia. Algumas vezes, torna-se necessário realizá-lo durante a ocorrência dos sintomas. O paciente pode ir imediatamente a um serviço de emergência para ser examinado enquanto a aceleração estiver presente. Porém, freqüentemente, o quadro já pode ter sido resolvido espontaneamente quando o paciente chega à emergência.
  • Holter de 24h: trata-se de um aparelho portátil que grava o eletrocardiograma por 24 horas.

Holter de 24 horas: aparelho portátil para registro de eletrocardiograma durante 24 horas.
  • Monitores de eventos: trata-se de um aparelho que grava o eletrocardiograma por 7 a 15 dias, sendo acionado pelo paciente quando a crise aparece.
  • Teste ergométrico: utilizado para arritmias que aparecem durante o esforço físico ou para observar o comportamento da arritmia durante o esforço. Pode ser útil também para determinar se a doença coronariana é causadora dessas arritmias.
  • Ecocardiograma: um tipo de ultrassom do coração que permite visualizar se há doença no músculo cardíaco ou nas válvulas, que possam estar causando essas arritmias.
  • Tilt-teste: está indicado para pessoas que apresentam desmaios durante a posição em pé ou sentado, precedidos por tonteiras, visão turva, sudorese. Consiste em deitar o paciente numa mesa que se inclina durante o exame. A pressão sangüínea e os batimentos cardíacos são monitorizados. Se houver queda da freqüência cardíaca e/ou da pressão o exame é considerado positivo.

Teste de inclinação (tilt teste)
  • Estudo eletrofisiológico: teste provocativo através de cateteres (fios flexíveis), que permite realizar uma avaliação da integridade do sistema elétrico do coração e a indução de arritmias através de estimulação do coração, em pacientes com predisposição. Caso se comprove a existência dessas arritmias, elas podem ser tratadas através de uma cauterização no local afetado, processo denominado ablação por cateter.
Quais os tratamentos para arritmia?

Existem várias modalidades de tratamento e a escolha depende do tipo de arritmia, freqüência e severidade dos sintomas. Em alguns casos, não é necessário o tratamento. Os principais são: medicações, cardioversão elétrica, mudanças no estilo de vida, marcapassos e desfibriladores, ablação por cateter e cirurgia.
  • Medicações: várias drogas são úteis para o tratamento das arritmias. As principais modalidades são:
    • Drogas antiarrítmicas: usadas para converter a arritmia para um ritmo normal. Exemplo: amiodarona, sotalol, propafenona.
    • Drogas para o controle da freqüência cardíaca: usadas para controlar a freqüência cardíaca, deixando-a abaixo de 100 batimentos por minuto. São elas: beta-bloqueadores (propranolol, esmolol), bloqueadores do canal de cálcio (verapamil, diltiazem) e digital (digoxina).
    • Anticoagulantes ou antiplaquetários: usadas para diminuir a formação de coágulos no coração, que podem ocorrer durante algumas arritmias. Saiba mais
  • Cardioversão elétrica: trata-se de um choque elétrico dado no tórax para restaurar o ritmo normal do coração, quando as medicações falham ou quando o paciente apresenta sintomas intensos com risco. É feita sob leve sedação (paciente dormindo).
  • Mudanças no estilo de vida: Parar de fumar, diminuir a ingestão de álcool e cafeína, evitar o uso de estimulantes (descongestionantes nasais, mediações para tosse, alguns suplementos nutricionais).
  • Marcapasso Cardíaco: pequeno dispositivo utilizado para estimulação elétrica, evitando que os batimentos cardíacos fiquem muito lentos. Consiste em um gerador de pulsos e eletrodos.
  • Cardiodesfibrilador implantável: aparelho capaz de monitorar e tratar os ritmos anormais do coração, que podem representar risco de vida. (taquicardia ventricular e fibrilação ventricular).

Modelo esquemático do coração com cardiodesfibrilador (CDI) com eletrodos no átrio e ventrículo direitos
  • Ablação por cateter: trata-se de uma cauterização por energia de radiofreqüência do tecido cardíaco responsável pela arritmia. Realizado através de cateteres introduzidos no coração.
  • Cirurgia cardíaca: poderá corrigir arritmias durante procedimento cirúrgico para tratar outras doenças no coração.

O que é arritmia?

A arritmia significa uma alteração do ritmo normal do coração, produzindo freqüências cardíacas rápidas, lentas e/ou irregulares. Também é conhecida como disritmia ou ritmo cardíaco irregular.
Atenção: nem todas as freqüências rápidas ou lentas significam arritmias.
Quais as causas das arritmias?

Há diversas causas como doenças das artérias coronárias, doenças do músculo cardíaco (miocardiopatias ou insuficiência cardíaca), doenças valvares, doenças infecciosas (doença de chagas), alterações nas concentrações de eletrólitos (sódio, potássio e cálcio) no corpo, pós-cirurgia cardíaca ou congênita (defeito presente desde o nascimento).
Quais são os tipos de arritmia?

As arritmias dividem-se em dois tipos, de acordo com a freqüência: 1) Taquicardias: A freqüência cardíaca é maior que 100 batimentos por minuto. Podem ser decorrentes de ansiedade, medicações ou exercício. A freqüência cardíaca é considerada anormal quando ocorre um aumento súbito, desproporcional ao esforço realizado, e podem ocorrer em diversas circunstâncias (repouso, sono, atividades diárias ou exercício). 2) Bradicardias: A freqüência cardíaca é menor que 60 batimentos por minuto, podendo ser normal durante o repouso, pelo uso de medicações ou em atletas.

Quanto ao local de origem subdividem-se em:
  • Arritmias Supraventriculares: aquelas relacionadas à parte superior do coração (átrios) e ao nódulo atrioventricular
  • Arritmias Ventriculares: aquelas arritmias relacionadas aos ventrículos (câmaras inferiores do coração).
Eletrocardiograma de arritmia Ventricular

Eletrocardiograma de arritmia Supraventricular
Tipos de Taquicardias
  • Taquicardia Atrial: é um ritmo rápido do coração que se origina nos átrios.
  • Flutter Atrial: é uma arritmia causada por circuitos elétricos de condução lenta que se originam nos átrios e promovem um ritmo rápido e regular do coração.
  • Taquicardia por reentrada nodal (TRN): uma via elétrica extra, próxima ao nó átrio-ventricular, que faz com que o impulso elétrico mova-se em círculo e passe por áreas que já passou anteriormente, fazendo o coração bater numa freqüência bem acima do normal.
  • Taquicardia por via acessória ou síndrome de Wolff-Parkinson-White: via elétrica extra que existe desde o nascimento e conecta os átrios aos ventrículos, fazendo com que o impulso elétrico chegue mais rápido ao ventrículo.
  • Fibrilação atrial: impulsos elétricos extras originados nos átrios que desencadeiam batimentos rápidos, desorganizados e irregulares.
  • Extra-sístole ventricular: impulso elétrico extra originado no ventrículo que promove batimento antes do tempo.
  • Taquicardia Ventricular: impulso elétrico originado nos ventrículos que promove um ritmo rápido e potencialmente ameaçador da vida. Geralmente, é uma emergência médica.
  • Fibrilação Ventricular: é um ritmo rápido, desorganizado e errático, que não produz contração ventricular que causa morte súbita e necessita de imediata ressuscitação cardiopulmonar e desfibrilação (choque elétrico).
Tipos de Bradicardias

Existem 3 tipos básicos de bradicardias, dependendo do local onde ocorre o bloqueio do sistema elétrico do coração. Quando bloqueio ocorre no nódulo sinusal, que é o marcapasso natural do coração, chama-se de disfunção do nódulo sinusal. Além disso, o bloqueio do impulso elétrico pode ocorrer no nódulo atrioventricular ou nos ramos direito ou esquerdo do sistema elétrico do coração. O importante é que todos esses tipos de bloqueio podem levar à diminuição do número de batimentos cardíacos e causar sintomas como tonturas e desmaios. Dependendo do tipo de bloqueio, e dos sintomas que ele esteja causando, pode haver necessidade de implantar um marcapasso artificial.
Quais os sintomas das arritmias?

Os sintomas das arritmias são bastante variáveis, podendo ser silenciosa (não apresentar sintomas). Elas podem ser diagnosticadas pelo médico durante exame cardiológico (exame do pulso e ausculta do coração com aparelho específico).

O sintoma mais comum é a palpitação. Podem ocorrer também desmaios (recuperação rápida, espontânea e sem alterações motoras), tonteiras, falta de ar, mal-estar, sensação de peso no peito, fraqueza, fadiga, dor no peito, entre outros.

Os sintomas que indicam gravidade são confusão mental, pressão baixa, dor no peito e desmaios. Caso ocorra algum desses sintomas, é necessário realizar atendimento médico de URGÊNCIA para evitar morte do paciente.



Alguns pacientes com predisposição genética para doenças arrítmicas raras, que podem ocorrer até mesmo em crianças (Síndrome de Brugada, Síndrome do QT longo congênito, miocardiopatia hipertrófica) e pacientes com doenças cardíacas (infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca, doença de Chagas) apresentam risco aumentado para arritmias e morte súbita.
Logo, parentes de pacientes com doenças genéticas arrítmicas e doenças cardíacas deverão realizar exames para diagnosticar e prevenir arritmias e morte súbita.

O que são palpitações cardíacas?
Normalmente, não sentimos nosso coração bater. A palpitação ocorre quando passamos a perceber os batimentos cardíacos. Esses batimentos podem ser rápidos, precoces ou irregulares e podem ser percebidos no tórax, abdome ou pescoço.

Podem ocorrer em qualquer situação (repouso ou durante atividades diárias). Às vezes, são percebidas como uma sensação do coração parar ou um peso ou pontada no tórax.

Eletrocardiograma demonstrando batimento precoce (extra-sístole ventricular) que leva ao paciente sentir palpitações
O que causa palpitações?
As palpitações podem ser causadas por arritmias cardíacas, doenças cardíacas não-arrítmicas, condições clínicas variadas (gravidez, hipertireoidismo, baixa taxa de glicose, baixa oxigenação, febre, anemia, desidratação, hemorragia), emoções (medo, estresse), causas psiquiátricas (ansiedade, síndrome do pânico) ou uso de medicações (hormônios tireoidianos, antitussígenos, antiarrítmicos, descongestionantes, broncodilatadores para asma) e/ou drogas (álcool, nicotina, cafeína, cocaína e anfetamina). As arritmias cardíacas são classificadas como: taquiarritmias (freqüência cardíaca >100bpm), bradiarritmias (freqüência cardíaca < 60bpm), ritmos irregulares (como fibrilação atrial) ou batimentos prematuros (extra-sístoles).
Quando as palpitações estão associadas a problemas de saúde mais sérios?
Quando estão ligadas a sintomas como tontura, dispnéia (falta de ar), sudorese fria, quase-desmaio ou desmaio e dor no peito.

A presença de doença cardíaca (infarto do miocárdio prévio, cardiomiopatia dilatada ou hipertrófica, lesões valvares), história de desmaios e história familiar de morte súbita devem ser valorizadas para se avaliar alto risco de arritmias.
Como proceder se tenho palpitações?
Você deve procurar um médico cardiologista para avaliação das palpitações. Em muitos casos, o diagnóstico das palpitações é difícil. O médico deverá fazer uma revisão sobre sua história médica, seus sintomas, suas medicações e dietas.

É necessário realizar alguns exames como: eletrocardiograma, exames de sangue e urina, radiografia do tórax, ecocardiograma (ultrassom cardíaco) e outros. Se houver suspeita de alguma arritmia, poderá ser necessário realizar outros exames como cateterismo cardíaco ou estudo eletrofisiológico.
Como as palpitações são tratadas?
O tratamento depende da causa das palpitações. Se elas não estiverem associadas a problemas cardíacos, geralmente não necessitam de tratamento. Se houver algum tipo de problema cardíaco, o médico determinará o tratamento apropriado com medicações, ablação ou cirurgia.
Como prevenir as palpitações?
Diminuir o nível de estresse, cessar o uso de drogas como cocaína ou anfetamina, diminuir a ingestão de álcool, limitar o consumo de bebidas que contenham cafeína, fazer exercícios regularmente, evitar atividades que desencadeiam palpitações (como esforços físicos exagerados).


Para que o coração faça o trabalho de bombear o sangue através do corpo, ele necessita de um estímulo. Esse estímulo é um impulso elétrico que se origina numa área do coração (o átrio direito) chamada “nódulo sinusal”, que é o marcapasso natural do coração. Funciona como um gerador de energia elétrica que faz o coração bater entre 60 e 100 vezes por minuto em condições normais de repouso.
Para que este estímulo elétrico produza um batimento cardíaco, ele precisa se propagar pelo sistema de condução elétrica do coração, atravessando estruturas como o nódulo atrioventricular (localizado no centro do coração entre os átrios e os ventrículos) – onde sofre um desaceleramento – e o feixe de His, se espalhando pelos ventrículos direito e esquerdo, o que provoca a contração do coração.
Esses batimentos podem ser acelerados durante atividades físicas, febre, anemia ou diminuídos durante o sono. Algumas medicações (broncodilatadores, descongestionantes, antitussígenos, suplementos nutricionais) também podem alterar a freqüência destes batimentos.
Em algumas situações, este sistema elétrico encontra-se alterado causando "curtos-circuitos" que podem resultar em taquicardias ou batimentos rápidos (palpitações) acompanhados de desmaios (síncopes), tonturas (pré-síncopes), cansaço, respiração curta, dor ou opressão no peito.
Em outras situações, o sistema elétrico do coração pode apresentar bloqueios que não permitem a passagem do impulso elétrico. Quando isto acontece, o coração bate mais lentamente, o que resulta em bradicardias ou batimentos lentos do coração, que pode ser acompanhados também de desmaios, tonturas e/ou cansaço.

Como você reconhece que o seu batimento está acelerado?
  • Você deverá palpar seu pulso com os dedos indicador e médio na região do punho (parte inferior do braço). (Ver figura)
  • Aperte o pulso com os seus dedos
  • Conte o número de batimentos em trinta segundos
  • Multiplique esse valor por 2 e você encontrará valor de batimentos por minuto.
OBS: Quando você sentir seu pulso, veja se o pulso está regular ou irregular.
É considerado anormal acima de 100 batimentos por minuto no repouso.

O que é a síndrome de Wolff-Parkinson-White?
A síndrome de Wolff-Parkinson-White é uma doença onde existe uma via elétrica extra que conecta os átrios aos ventrículos, fazendo com que o impulso elétrico chegue mais rápido ao ventrículo e cause taquicardia. Às vezes, essa via elétrica não causa taquicardia, mas produz alteração no eletrocardiograma que deixa o QRS (representação elétrica da contração ventricular) mais largo (pré-excitação ventricular). A causa da síndrome de Wolff-Parkinson-White é congênita, ou seja, alteração presente desde o nascimento ou intra-útero.

As manifestações da síndrome de Wolff-Parkinson-White podem iniciar-se em qualquer fase da vida, geralmente dos 10 aos 50 anos.

Os principais sintomas são: palpitações, tonteira, falta de ar, dor no peito e, muito raramente, morte súbita. Algumas pessoas não apresentam quaisquer sintomas.

A síndrome de Wolff-Parkinson-White é diagnosticada através de alguns exames como:
• Eletrocardiograma (ECG)
• Holter de 24 horas
• Teste ergométrico
• Estudo eletrofisiológico

O tratamento da síndrome de Wolff-Parkinson-White depende do tipo de arritmia e os sintomas associados.
• Medicações: várias drogas podem ser utilizadas para o tratamento das arritmias relacionadas à síndrome de Wolff-Parkinson-White. Entre elas estão: propafenona (Ritmonorm®), amiodarona (Ancoron®), sotalol (Sotocor®). Algumas medicações não podem ser utilizadas: beta-bloqueadores (propranolol, metoprolol) ou bloqueadores do canal de cálcio (verapamil, diltiazem).
• Ablação: é um método de tratamento que utiliza cateteres para cauterizar, com energia de radiofreqüência, a via elétrica extra. Ë o método de tratamento de escolha para esses pacientes.

• Medicações: várias drogas podem ser utilizadas para o tratamento das arritmias relacionadas à síndrome de Wolff-Parkinson-White. Entre elas estão: propafenona (Ritmonorm®), amiodarona (Ancoron®), sotalol (Sotocor®). Algumas medicações não podem ser utilizadas: beta-bloqueadores (propranolol, metoprolol) ou bloqueadores do canal de cálcio (verapamil, diltiazem).
• Ablação: é um método de tratamento que utiliza cateteres para cauterizar, com energia de radiofreqüência, a via elétrica extra. Ë o método de tratamento de escolha para esses pacientes.
Os pacientes portadores da síndrome de Wolff-Parkinson-White não podem exercer atividades físicas competitivas (futebol, vôlei, basquete) nem esportes radicais (mergulho, escalada, asa-delta).

Esses pacientes também não podem exercer profissões de risco (piloto, motorista, operador de máquinas pesadas).

Após ablação não há qualquer restrição para atividade física e qualquer profissão poderá ser exercida.

Quais os sintomas da síndrome de Wolff-Parkinson-White?
Como diagnosticar a síndrome de Wolff-Parkinson-White?
Como tratar a síndrome de Wolff-Parkinson-White?
Portadores da síndrome de Wolff-Parkinson-White têm alguma restrição?