quarta-feira, 25 de abril de 2012

PRIMEIROS SINAIS DO CÂNCER DE TIREÓIDE


PRIMEIROS SINAIS DO CÂNCER DE TIREÓIDE
Fernando Luiz Dias - Oncologista
O Departamento de Vigilância e Pesquisa da American Cancer Society revela que
aproximadamente 22 mil novos casos de câncer de tireóide deverão ser diagnosticados
nos Estados Unidos ao final de 2003. Destes, 16.300 serão em mulheres e 5.700 em
homens. Serão cerca de 1.400 mortes por câncer de tireóide neste período.
A principal manifestação das patologias benignas e  malignas da glândula tireóide é a
doença nodular (isolada ou múltipla), que avança, habitualmente, sem deixar sinais ou
sintomas expressivos. Este tipo de câncer corresponde a um percentual que varia de 8 a
15% dos casos de nódulos tireoideanos, dependendo principalmente do sexo e da região
geográfica a qual o paciente pertence.
A incidência da doença é variável, de acordo com o  país estudado, fato que pode ser
explicado pelas variações na dieta básica, principalmente no que diz respeito à ingestão
de iodo. A utilização do sal iodado pela maioria dos países parece estar relacionada com
uma diminuição na incidência da manifestação da doença.
Fatores genéticos também podem predispor ao desenvolvimento do câncer da tireóide.
Existem formas familiares que permitem a identificação precoce de portadores de
alterações genéticas, sinalizando o desenvolvimento deste tipo de câncer. Com isso, é
possível a realização de tratamento cirúrgico efetivo, antes do estabelecimento da doença
maligna.
A exposição à radiação ionizante, seja acidental ou terapêutica, tem sido associada ao
aumento do risco de desenvolvimento do câncer de tireóide. O acidente nuclear de
Chernobil, em abril de 1996, exemplifica este conceito. As conseqüências catastróficas
do acidente atingiram a população que vivia nas redondezas da antiga União Soviética.
Grande número de crianças que foram expostas à radiação – particularmente as que se
encontravam em fase de desenvolvimento intra-uterino ou nos primeiros anos de vida –
desenvolveram câncer de tireóide. Foram registrados mais de dois mil casos relacionados
ao acidente nuclear, havendo ainda a possibilidade de mais casos nos próximos anos.  
A maioria dos pacientes com a doença apresenta queixas de nódulos na glândula tireóide
(geralmente encontrados no auto-exame ou em exame clínico ocasional) ou de nódulos
pré-existentes que apresentaram crescimento súbito.
Devemos suspeitar, particularmente, dos pacientes com história familiar de câncer de
tireóide, síndrome de Cowden e Gardner, além da síndrome familiar de câncer medular
de tireóide. Nódulos que crescem na vigência de tratamento clínico (hormonal), história
prévia de irradiação local com baixas doses, aumento de tamanho associado à dor local
ou rouquidão e nódulos tireoideanos em crianças, adolescentes e idosos, principalmente
em pacientes do sexo masculino, são considerados altamente suspeitos. No exame
clínico, valorizamos os nódulos endurecidos e fixos a outras estruturas do pescoço e,

Existem quatro tipos principais de câncer de tireóide:



Existem quatro tipos principais de câncer de tireóide:
Papilar
Folicular
Anaplásico
Medular
câncer de tireóide é mais comum em indivíduos submetidos à radioterapia da cabeça, do pescoço ou do tórax, muito freqüentemente por problemas benignos (embora, atualmente, o tratamento radioterápico para distúrbios benignos não seja mais realizado).
Ao invés de provocar um aumento de toda a tireóide, o câncer normalmente produz pequenas tumorações (nódulos) no interior da glândula.
A maioria dos nódulos da tireóide não são cancerosos e os cânceres de tireóide geralmente podem ser curados. Freqüentemente, os cânceres de tireóide apresentam uma capacidade limitada de captar o iodo e de produzir hormônio tireoidiano. No entanto, muito raramente, eles produzem hormônio suficiente para causar hipertireoidismo.
Os nódulos apresentam maior probabilidade de serem cancerosos quando é detectada a presença de apenas um nódulo ao invés de vários, quando a cintilografia da tireóide revela que o nódulo não é funcionante, quando o nódulo é sólido e não com conteúdo líquido (cístico), quando o nódulo é duro ou quando ele cresce rapidamente.
Uma proeminência indolor no pescoço é normalmente o primeiro sinal de câncer de tireóide. Quando o médico detecta a presença de um nódulo na tireóide, ele solicita vários exames.
A cintilografia da tireóide determina se o nódulo é funcionante, uma vez que um nódulo não funcionante apresenta maior probabilidade de ser canceroso do que um funcionante.
A ultrassonografia é menos útil, mas ela pode ser realizada para determinar se o nódulo é sólido ou se o seu conteúdo é líquido. Comumente, é realizada a coleta de uma amostra do nódulo através de uma punção biópsia com agulha fina para exame microscópico, a melhor maneira de se determinar se o nódulo é canceroso.

Câncer Papilar

câncer papilar representa 60 a 70% de todos os cânceres de tireóide. As mulheres apresentam o câncer papilar duas a três vezes mais que os homens.
No entanto, como os nódulos são mais comuns nas mulheres, um nódulo em um homem sempre levanta uma maior suspeita de câncer.
câncer papilar é mais comum nos indivíduos jovens, mas cresce e dissemina mais rapidamente nos indivíduos idosos.
Os indivíduos submetidos a radioterapia do pescoço, geralmente para tratar uma condição benigna na lactância ou na infância ou por um outro câncer na vida adulta, apresentam maior risco de desenvolver câncer papilar.
O tratamento do câncer papilar, o qual algumas vezes dissemina para os linfonodos vizinhos, é cirúrgico.
Os nódulos que possuem menos de 2 cm de diâmetro são removidos juntamente com o tecido tireoidiano circunjacente, embora alguns especialistas recomendem a remoção de toda a glândula.
Quase sempre a cirurgia cura esses pequenos cânceres.
Como o câncer papilar pode responder ao hormônio estimulante da tireóide, são administradas doses suficientemente elevadas para suprimir a secreção do hormônio estimulante da tireóide e para auxiliar na prevenção da recorrência.
Quando um nódulo é maior, é realizada a remoção da maior parte ou de toda a glândula e o iodo radioativo é freqüentemente administrado na esperança de que qualquer tecido tireoidiano ou câncer remanescente que disseminou além da tireóide capte essa substância e seja destruído.
Uma outra dose de iodo radioativo pode ser necessária para se assegurar a destruição de todo o câncer.
O câncer papilar é quase sempre curado.

Câncer Folicular

câncer folicular representa aproximadamente 15% de todos os cânceres de tireóide e é mais comum entre os indivíduos idosos.
câncer folicular também é mais comum em mulheres que em homens. No entanto, assim como no câncer papilar, um nódulo em um homem apresenta maior probabilidade de ser canceroso.
Muito mais agressivo que o câncer papilar, o câncer folicular tende a propagar-se através da corrente sangüínea, disseminando células cancerosas a várias partes do corpo (metástases).
O tratamento do câncer folicular exige a remoção do máximo possível da tireóide e a subseqüente destruição do tecido tireoidiano remanescente, incluindo as metástases, com iodo radioativo.

Câncer Amaplásico

câncer anaplásico representa menos de 10% dos cânceres de tireóide e ocorre mais comumente em mulheres idosas.
Ele cresce muito rapidamente e, normalmente, produz um grande tumor no pescoço.
Aproximadamente 80% dos indivíduos com câncer anaplásico morrem em um ano.
O tratamento com iodo radioativo é inútil porque os cânceres anaplásicos não o absorvem. Contudo, o tratamento com drogas antineoplásicas e radioterapia antes e depois da cirurgia tem produzido algumas curas.

Câncer Medular

No câncer medular, a tireóide produz quantidades excessivas de calcitonina, um hormônio produzido por certas células tireoidianas.
Como o câncer medular também pode produzir outros hormônios, ele pode causar sintomas incomuns.
O câncer medular tende a disseminar (produzir metástases) através do sistema linfático até os linfonodos e através do sangue até o fígado, os pulmões e os ossos.
câncer medular pode ocorrer juntamente com outros tipos de cânceres endócrinos na chamada síndrome da neoplasia endócrina múltipla.
O tratamento exige a remoção total da tireóide.
Uma cirurgia adicional pode ser necessária para permitir ao médico determinar se houve disseminação do câncer para os linfonodos. Mais de dois terços dos indivíduos cujo câncer medular da tireóide faz parte da síndrome da neoplasia endócrina múltipla vivem por pelo menos mais 10 anos.
Quando o câncer medular de tireóide ocorre isoladamente, as chances de sobrevivência não são tão boas.
Como o câncer medular de tireóide algumas vezes ocorre em famílias, os familiares consangüíneos devem der examinados, investigando-se a existência de uma anomalia genética que é facilmente detectada nas células sangüíneas.
Quando o resultado da investigação é negativo, é quase certo que o familiar não desenvolverá câncer medular.
Quando ele é positivo, o familiar apresenta ou apresentará um câncer medular e a cirurgia de remoção da tireóide deve ser aventada mesmo antes da manifestação dos sintomas e do aumento da concentração sérica de calcitonina.
A concentração sérica alta de calcitonina ou uma elevação exagerada da concentração após testes de estimulação também ajudam o médico a prever se alguém apresenta ou irá apresentar câncer medular de tireóide. A detecção de uma concentração incomumente alta de calcitonina levará o médico a sugerir a remoção da tireóide, uma vez que o tratamento precoce provê a melhor chance de cura.
Fonte: www.msd-brazil.com
Câncer de Tireoide

Sobre a tireóide

A tireóide é uma glândula em forma de borboleta, situada na base da garganta, abaixo do pomo de adão. Tem duas asas (ou lóbulos), uma direita e uma esquerda. As duas estão ligadas no meio.
A glândula tireóide fabrica, armazena e libera hormônios da tireóide (chamados T3 e T4) que afetam quase todas as células do seu corpo e ajudam a regular o seu metabolismo.

O que é Câncer de tireóide?

Câncer de tireóide é um tumor maligno ou um crescimento na glândula tireóide.
Normalmente, a reposição de células velhas da tireóide por células recém-produzidas é um processo constante e regulado.
Em alguns casos, certas células se tornam anormais e não acompanham o ciclo de crescimento comum.
Quando estas células anormais continuam a crescer e a se reproduzir de maneira descontrolada, formam um tumor.
Há quatro tipos principais de câncer de tireóide:
Papilar 
Folicular 
Medular 
Anaplásico
Os cânceres de tireóide papilares e foliculares são os mais comuns, sendo responsáveis por 90% dos tumores de tireóide. Em geral, costumam ser denominados cânceres de tireóide "diferenciados" ou "bem diferenciados".
câncer de tireóide é mais comum nas mulheres do que nos homens - quase três vezes mais mulheres do que homens têm câncer de tireóide.
câncer de tireóide ataca as pessoas em uma idade mais jovem do que a maioria dos outros cânceres - o maior número de pacientes tem entre 20 e 54 anos de idade. As probabilidades de recuperação dependem do tipo de câncer de tireóide que você tem, onde ele está localizado (ele pode estar somente na tireóide ou ter se manifestado também em outras partes do corpo), da sua idade e da sua saúde em geral.
Geralmente, a expectativa de cura para os pacientes com câncer de tireóide bem diferenciado é boa.
No entanto, mesmo depois de um tratamento bem-sucedido, o câncer de tireóide pode voltar, às vezes algumas décadas após o tratamento inicial.
Os médicos recomendam que quem teve câncer de tireóide faça exames de rotina pelo resto da vida. Isso significa que é importante continuar a fazer os exames de verificação rotineiros recomendados pelo seu médico.
Geralmente, quanto mais cedo você surpreende uma recorrência, maiores são as probabilidades de um tratamento bem-sucedido.

Como diagnosticar o câncer de tireóide

Há vários motivos pelos quais você ou seu médico podem suspeitar de câncer de tireóide. Um dos mais comuns é encontrar um nódulo na tireóide, você mesmo, através do auto-exame, ou durante uma consulta com seu endocrinologista. Nódulo é um caroço que você pode sentir ao redor da tireóide. Os nódulos não são incomuns e apenas cerca de 5% são cancerosos.
Uma das maneiras mais comuns de confirmar o diagnóstico de câncer de tireóide é fazer uma biópsia de aspiração com agulha fina. Neste procedimento, uma agulha pequena é introduzida na pele, atingindo um nódulo da tireóide, de onde se extrai uma amostra do material que há dentro do nódulo. Em geral, estas biópsias são rápidas e seguras, e não chegam a causar muito incômodo.

Aprenda a fazer o auto-exame - Ele pode salvar sua vida

Material necessário: copo com água e um espelho (se possível, com cabo).

Procedimentos

Segure o espelho e procure no seu pescoço a região logo abaixo do "pomo-de-adão" (mais conhecido como gogó). Sua tireóide está localizada aí.
Incline a cabeça para trás para que o pescoço fique mais exposto e focalize essa região no espelho.
Beba um gole de água.
Com o ato de engolir, a tireóide sobe e desce. Observe se existe algum aumento ou saliência na tireóide. Atenção: não confunda a tireóide com o "gogó". Lembre-se que a glândula está logo abaixo. Repita este teste várias vezes até ter certeza.

Ao notar qualquer alteração, consulte o seu endocrinologista.

E nunca esqueça

O auto-exame não substitui os exames periódicos que você deve fazer com o seu endocrinologista.

Informações aos pacientes

Câncer de tireóide é um tumor maligno de crescimento localizado dentro da glândula tireóide. Não é um tipo de câncer comum. Entretanto, a maioria dos cânceres de tireóide pode ser tratada com sucesso e a taxa geral de sobrevida de cinco anos é de 96%. Mesmo quando o tratamento é bem-sucedido, seu médico pode recomendar que você passe por exames de rotina para ver se houve recorrência pelo resto da sua vida. Isto porque, até 35% dos cânceres de tireóide pode voltar, e um terço de todas as recorrências só vão surgir com mais de 10 anos após o tratamento inicial.
O câncer de tireóide e o tratamento por toda a vida podem parecer confusos e até perturbadores. Como em outros cânceres, o de tireóide é tratável, com altos índices de cura, desde que detectado em seu início. Esta área do site tem como objetivo levar as informações básicas à população e aos pacientes de câncer de tireóide, quer tenham recebido um diagnóstico, quer já tenham se submetido ao tratamento.Mas as informações aqui veiculadas têm caráter estritamente informativo e educacional e não substituem as informações ou apreciações de especialistas das respectivas áreas de interesse aqui apresentadas, incluindo médicos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas e educadores.

Para pacientes novos

Receber um diagnóstico de câncer pode ser assustador. Mas conhecer o assunto pode ajudar você a superar seus temores. 
Se você ou alguém que você conhece recebeu o diagnóstico de câncer de tireóide, vai gostar de saber que as perspectivas de tratamento são excelentes. Na maioria dos casos, esses cânceres podem ser totalmente extirpados por cirurgia.

Veja alguns fatos importantes

A taxa de sobrevida de 5 anos para as pessoas com diagnóstico de câncer de tireóide é de 96%;
Apenas cerca de 8% morrem de causas relacionadas com câncer de tireóide bem diferenciado após 30 anos do tratamento inicial.
Há muito mais coisas a saber sobre o câncer de tireóide, seu tratamento e seus exames. Como sempre, seu médico, seu enfermeiro e profissionais de saúde da equipe multidisciplinar são a sua melhor fonte de informações e de orientações. Mas esta seção pode proporcionar as noções básicas, inclusive uma visão geral do câncer de tireóide, como ele pode ser diagnosticado, diversas possibilidades de tratamento e o que você pode esperar enquanto continua a levar a sua vida normalmente.

Câncer da Tireóide


Câncer da Tireóide
[Volta]
O câncer da tireóide pode ser considerado o mais comum da região da cabeça e pescoço e é três vezes mais freqüente no sexo feminino.  Nos EUA, a doença corresponde a 3% de todos os cânceres que atingem o sexo feminino. No Brasil correspondeu a 1,3% de todos os casos de câncer matriculados no INCA de 1994 a 1998, e a 6,4% de todos os cânceres da cabeça e pescoço.

Os carcinomas diferenciados são os mais freqüentes. Dentre eles existem o carcinoma papilífero, o carcinoma folicular e o carcinoma de células de Hürthle. Entre os carcinomas pouco diferenciados temos carcinomas medulares e os carcinomas indiferenciados.

SintomasA presença de um nódulo na tireóide, região anterior baixa do pescoço, normalmente não é indicação da presença de um câncer. Entretanto, a ocorrência de nódulo tireoidiano em pacientes com história de irradiação prévia do pescoço ou história familiar de câncer da tireóide, é mais suspeito. Da mesma forma, a presença de nódulo tireoidiano, associado à presença de linfonodomegalia cervical (gânglios linfáticos aumentados no pescoço) e/ou ao sintoma de rouquidão, pode ser indicação de um tumor maligno na tireóide.
Fatores de RiscoA história de irradiação do pescoço, mesmo em baixas doses, assim como a ocorrência de câncer da tireóide na família, podem ser considerados fatores de risco para o câncer da tireóide.
TratamentoO tratamento do câncer da tireóide é cirúrgico. A tireoidectomia total ou parcial (em casos indicados) é o tratamento de escolha.

O tratamento dos carcinomas bem diferenciados (carcinoma papilífero e carcinoma folicular) depende dos fatores de risco, que indicarão a extensão da cirurgia e a necessidade da complementação terapêutica com o iodo radioativo. Já os outros tumores malignos da tireóide, deverão ser tratados com a tireoidectomia total.

Em casos de tumores que apresentem disseminação para gânglios linfáticos cervicais, o tratamento do tumor primário deve ser associado ao esvaziamento cervical seletivo (retirada dos gânglios linfáticos relacionados). A complementação terapêutica com o iodo radioativo deve ser sempre utilizada em pacientes com carcinomas bem diferenciados, considerados de alto risco e submetidos a tireoidectomia total.

essa pesssoa contraiu aids!!!!

Doenças  doencas aids corpo homem

Betinho


Betinho

13/05/2008 - Maria Aparecida de Oliveira
Herbert José de Souza, sociólogo mineiro, nasceu em Bocaíuva no dia 3 de novembro de 1935 e faleceu dia 14 de agosto de 1997). Nos anos 60, ajuda a fundar a Ação Popular (AP), movimento que luta pela implantação do socialismo no Brasil.

Após o golpe militar de 1964, passa sete anos na clandestinidade e oito no exílio.

Volta ao Brasil no ano de 1979 e cria o Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase). Ganha, em 1991, o Prêmio Global 500, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Unep), por sua luta em defesa da reforma agrária e dos indígenas. Em 1993, funda a Ação da Cidadania contra a Miséria e pela Vida, que, sem a ajuda do governo, distribui alimentos à população carente.

No governo Fernando Henrique, torna-se membro do Conselho da Comunidade Solidária, que substitui a Fundação Legião Brasileira de Assistência (LBA). Hemofílico e portador do vírus da Aids, como seu irmão cartunista Henfil (1944-1988), escreve A Cura da Aids, no qual afirma que a cura da doença é questão de tempo. Em 1995, a Ação da Cidadania passa a priorizar a luta pela democratização da terra como forma de combater a fome e o desemprego. Morre em conseqüência de hepatite C, contraída em transfusão de sangue.

cancer a doença mais cara do mundo!!!!!

Fuego de Noche Nieve de Día


terça-feira, 24 de abril de 2012

.Malária !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

MaláriaThis is a featured page

1. DEFINIÇÃO FIG.1- Anopheles

Doença infecciosa mortal, causada por um protozoário (parasita) unicelular, do grupo Plasmodium, principalmente das espécies vivax e falciparum. Esta doença é transmitida aos humanos, por meio de uma picada de fêmea de mosquitos do género Anopheles, que injectam o parasita Plasmodium, que se dirige directamente ao fígado e seguidamente à corrente sanguínea aniquilando os glóbulos vermelhos tornando as pessoas anémicas. Outras formas de transmissão da doença, será por meio de transfusões de sangue ou até mesmo partilha de seringas infectadas com o Plasmodium.

2. ORIGEM

Malária proveio da expressão italiana “ mau Aire”, que significa “ mau ar”, visto que antigamente se acreditava que a doença era causada pelas emanações e miasmas dos pântanos, principalmente africanos.

3. TRANSMISSÃO

A malária é transmitida através de uma picada de um mosquito infectado, que suga o sangue necessário para o seu desenvolvimento ovular. A transmissão mais comum é no interior das habitações, em áreas rurais e nas periferias urbanas. A transmissão da malária pode dividir-se em:

3.1 Transmissão natural

Malária - Doenças em África

É aquela em que o Plasmodium é introduzido no organismo humano por meio da picada de uma fêmea de Anopheles infectada, que suga o sangue humano necessário para o seu desenvolvimento ovular. Esta é portador de esporozóitos nas suas glândulas salivares que se irão desenvolver quando injectados no organismo humano.

3.2 Transmissão Induzida

Transmissões não naturais onde algum descuido ou erro humano está em causa, são exemplos dessa transmissão:

  • Transfusão de sangue que passam nos testes de parasitemia;
  • Uso compartilhado de agulhas e/ou seringas por usuários drogados;
  • Da gestante para o filho, antes ou durante o parto;
  • Acidentes de trabalho em Hospitais e Laboratórios.

A fêmea Anopheles adquire a malária após 8 -16 dias de picar um ser humano infectado. A partir desse momento está totalmente apta a transmitir a doença através da sua picada que tem um ciclo regular de 2 a 3 dias.

4. CICLO DO PLASMODIUM

As fêmeas Anopheles colocam os seus ovos em colecções hídricas adequadas, tais como: lagos, rios, pântanos, etc., pois todos estes possuem um baixo teor em matéria orgânica. Os ovos colocados são isolados e permanecem à superfície, devido à sua pequena dimensão (0.5mm) e por possuírem flutuadores laterais. Dos ovos surgirão larvas, que se transformarão em pupas e estas por sua vez em adultos. Este desenvolvimento do ovo varia entre 7 a 20 dias . As fêmeas são fecundadas apenas uma vez, mas colocam ovos férteis a cada 2 dias durante toda a sua vida (30 dias). Factores como a temperatura, humidade do ar e luz podem ou não contribuir para este tempo de vida. Uma temperatura de cerca de 25º a 30º, uma humidade de 40º a 50º, e uma baixa luminosidade, são níveis óptimos para a sobrevivência da fêmea, logo as altas temperaturas, as altas humidades em África explica a grande existência desta fêmea. Importante lembrar, é o facto dos mosquitos não transmitirem a malária quando nascem, isto só ocorrerá após alguns dias de se alimentarem do sangue animal ou humano ingerindo o Plasmodium. Após a picada, o mosquito suga o sangue que contem os gametócitos, estes rompem as membranas dos glóbulos vermelhos e tornam-se livres no estômago do Anopheles. O núcleo dos gametócitos divide-se em faixas de cromatina. Os gametócitos femininos sofrem maturação e o seu núcleo move-se para a superfície e o sofre uma pequena elevação. Se houver gâmeta masculino dá-se a fecundação (união nuclear), formando o zigoto. Esta fecundação dá-se num espaço de 20 minutos a 2 horas. O zigoto por meio de movimentos de contracção sobe até ao épitelio do mosquito e é cercado por um cisto (membrana elástica) formando os oócisto que quando maduros rompem e libertam esporozóitos que se espalham por todo o organismo do mosquito. O número de esporozóitos é cerca de 10.000. A maioria dos esporozóitos penetra as glândulas salivares embebendo-se no seu citoplasma. Após picarem um organismo não infectado com o parasita, estes entram nos glóbulos vermelhos e recomeçam o seu ciclo assexuado. Um único Anopheles pode infectar uma ou mais pessoas.

5.CICLO NO HOMEM FIG.2-Malaria no sangue

O ciclo no homem inicia-se quando este é picado pelo mosquito, libertando saliva que funcionará como anticoagulante contendo esporozóitos. Estes dirigem-se à corrente sanguínea e após 30 minutos dirigem-se ao fígado, mais precisamente ás células hepáticas, onde se multiplicam por mitose designando-se então de criptozóites, que continuam o processo de multiplicação por esquizógonia (divisões nucleares sucessivas no qual a membrana será a ultima a dividir), estes originam os merozóitos, que entram directamente nas hemácias (Glóbulos Vermelhos) onde continuam as divisões mitóticas, durante 6 a 8 dias sem induzir malária. As hemácias infectadas saem em períodos regulares de 2 dias provocando então os primeiros sintomas da malária, esta células rompem-se e libertam os merozóitos no plasma e o processo ocorre sequencialmente por todas as células do sistema circulatório. Após o período de reprodução assexuada, alguns desses merozóitos tornam-se gametócitos e se o mesmo ser humano for picado novamente por uma fêmea Anopheles dar-se-á o início de um novo ciclo de transmissão. A fagocitose e produção de anticorpos pelo organismo humano são duas das formas de impedir a multiplicação. O crescimento dos parasitas nos glóbulos vermelhos é acompanhado por perturbações destas, aparecendo então três espécies denominadas Shüffner (Plasmodium vivax), Maurer (Plasmodium falciparum) e Zimann (Plasmodium malarie). Estes grânulos contêm uma grande concentração de antigéneos, que devido a Voller foram identificados através da fluorescência, contribuindo para a descodificação e produção de anticorpos.

6.ESPÉCIES DE MOSQUITOS

Anopheles (Nyssarhynchus) darlingi – Root, 1926 Anopheles (Nyssarhychus) albitarsis – Lynch Arribalzaga, 1878 Anopheles (Nyssarhychus) deaneorum – Rosa Freitas, 1989 Anopheles (Nyssarhychus) aquasalis – Curry, 1932 Anopheles (Kerteszia) cruzii – Dyar& Knab, 1908 Anopheles (Kerteszia) bellator - Dyar& Knab, 1908

7.PLASMODIUM FALCIPARUMFIG.3- Plasmodium Falciparum

O protozoário Plasmodium foi descoberto pelo médico do exército francês Charles Louis Alphonse Laveran.

Existem 4 tipos de malária, sendo entre elas, o Plasmodium falciparum o mais perigoso. Este é classificado por vários grupos de clínicos como “um dos dez microrganismos que maior resistência oferece aos medicamentos.” Esta espécie de protozoário possui genes que lhe permitem modificar a superfície das células infectadas, impedindo a acção dos anticorpos produzidos pelo organismo.

8.SINTOMAS

  • Febre alta (40º);
  • Suores abundantes;
  • Calafrios;
  • Dores de cabeça;
  • Falta de apetite;
  • Náuseas e vómitos;
  • Anemia;
  • Icterícia (coloração amarela na pele e olhos);
  • Cansaço;
  • Dores abdominais e corporais;
  • Diarreia;

Sintomas em fases graves da doença:

  • Insuficiência renal;
  • Ataques epilépticos;
  • Confusão mental.

9.TIPOS DE DOENÇAS

A malária envolve 4 tipos, que diferem entre si, na incidência do parasita a nível do organismo do ser humano, na rapidez do parasita alastrar a doença e na resistência oferecida aos tratamentos. Os tipos são o Plasmodium vivax, Plasmodium Ovale, Plasmodium malarie e Plasmodium falciparum, sendo este ultimo o mais fatal e preocupante, pois existe maioritariamente em África.

10. PREVENÇÃO

FIG. 10.1- Rede mosquiteira

  • Insecticidas potentes e tóxicos;
  • Uso de redes mosquiteiras (à base de deltametrina);
  • Uso de Telas nas janelas e nas portas;
  • Cremes repelentes (DEET);
  • Roupa a cobrir o corpo, evitando assim a picada pois o mosquito não tende a picar mãos e cara;
  • Drenagem de pântanos e águas paradas;
  • Evitar a permanência em ar livre nos horários mais nocturnos.

A vacina da malária não existe embora por vezes possa ser confundida pela vacina contra a febre-amarela. Outras medidas de prevenção envolvem o impedir do desenvolvimento das espécies, chamadas medidas quimioprofilácticas que se baseiam em medicamentos que evitam a multiplicação do Plasmodium. Alguns destes anti-maláricos já se mostraram ineficazes frentes à resistência adquirida pelo protozoário.

10.1 Pontos A Ter Em Causa

  • Tempo de permanência na área malarígena;
  • Tipo de habitação a ser ocupada no local;
  • Recursos médicos na área.

11. TRATAMENTO

Os diferentes tipos de malária são curados de diferentes formas. Os FIG. 11.1- Cloroquinamedicamentos anti-maláricos baseiam-se principalmente em Mefloquina ou Cloroquina. Ambos estes medicamentos são feitos com base na quinina (ou o seu ísomero quinidina), que são extraídos da Cinchona. O primeiro medicamento tem limitações, nomeadamente no que diz respeito à administração a crianças, sendo mesmo contra indicado visto alterar a condução cardíaca e mesmo ataques epilépticos. A Cloroquina não deve mais ser usada, visto o Plasmodium falciparum já oferece resistência a este fármaco. A mistura destes dois fármacos (cocktails) também é utilizada pois os parasitas apenas oferecem resistência a cada um dos fármacos. Ultimamente a artemisinina, extraída de uma planta chinesa, tem dado resultados importantes, pois esta produz radicais livres em contacto com o ferro existente nas hemácias, destruindo o parasita. No entanto o inconveniente desta planta é a sua existência em pequenas quantidades, mas poderá desenvolver-se em África a baixos custos. Este fármaco é o único ao qual o parasita actualmente não oferece resistência. Em suma o tratamento farmacológico da malária baseia-se na susceptibilidade do parasita aos radicais livres e substâncias oxidantes, morrendo este agente com concentração inferiores ás que causariam a morte para as célula Humanas.

12. DIAGNÓSTICO

12.1 Diagnóstico Clínico
O Elemento fundamental do diagnóstico é sempre pensar na possibilidade de possuir a doença. É importante no exame clínico recolher informação sobre a área de residência ou a área onde o indivíduo foi infectado. Alem disso, informação acerca de transfusões de sangue, partilha de seringas e/ou agulhas. Os sintomas também representam uma importante informação para o diagnóstico.

12.2 Diagnóstico Laboratorial
FIG. 12.1- Exemplo de esfregaço
O Diagnóstico 100% correcto da infecção da malária só é possível pela demonstração do parasita, ou de antigenios relacionados no sangue periférico através dos seguintes métodos diagnósticos:

  • Gota espessa: método de baixo custo e de fácil realização, baseia-se na visualização do parasita através de microscopia após coloração com Azul-de-metileno, permitindo a diferenciação.
  • Esfregaço delgado: método seguro que permite a diferenciação específica do parasita, a partir de uma análise morfológica.
  • Testes imunocromatográficos: métodos rápidos, realizados com fitas de nitrocelulose contendem anticorpos contra os antigenios do parasita.

13. EFEITOS GENÉTICOS E IMUNIDADE

Todo o ser humano é susceptível à malária, mesmo aqueles que contraíram diversas vezes, visto a imunidade conferida ao parasita não conter protecção total. A Anemia falciforme é uma doença genética que ocorre em regiões de incidência da malária, no entanto os portadores desta doença oferecem resistência à malária. Outras como Talassémias, a deficiência da enzima na glicose-6-fosfato desidrogenasse, também oferecem resistência ao parasita visto estas mutações conterem mais radicais livres nas hemácias do que o normal, ao qual o parasita é susceptível.

14. NÚMEROS DA MALÁRIA

GRAFICO 1- Números de casos da Malária até 2001

GRAFICO 2- Evolução dos casos de Malária

15. CONSEQUÊNCIAS DA MALÁRIA

FIG. 15.1 – Criança em sofrimento devido á malária.FIG. 15.2 – Criança em estado latente.

Malária

conhecida como Malária é uma doença prevalente nos países de clima tropical e subtropical. Também sezão, paludismo, maleita, febre terçã e febre quartã, o vetor da doença é o anofelino (Anopheles), um mosquito parecido com o pernilongo que pica as pessoas, principalmente ao entardecer e à noite.
O ciclo da malária humana é homem-anofelino-homem. Geralmente é a fêmea que ataca porque precisa de sangue para garantir o amadurecimento e a postura dos ovos. Depois de picar um indivíduo infectado, o parasita desenvolve parte de seu ciclo no mosquito e, quando alcança as glândulas salivares do inseto, está pronto para ser transmitido para outra pessoa.
A Amazônia é a região do Brasil onde ocorrem 98% dos casos de malária.
Tipos de parasita
Existem mais de cem tipos de plasmódio, o parasita da malária. Dos que infectam o homem, quatro são os mais importantes: Plasmodium vivax, Plasmodium falciparum, Plasmodium malariae e Plasmodium ovale. A doença provocada pelo vivax é a mais comum e a provocada pelo malariae, a menos grave. Já a provocada pelo ovale é típica da África.
Ciclo do parasita
O plasmódio desenvolve um ciclo sexuado dentro do organismo do mosquito e um assexuado no organismo humano. Depois de 30 minutos que entrou na circulação sanguínea do homem, alcança o fígado e vai-se multiplicando dentro das células hepáticas até que elas arrebentam. Então, eles se espalham no sangue e invadem os glóbulos vermelhos, onde se reproduzem a tal ponto que eles se rompem também.
Transmissão
A transmissão da malária pode ocorrer pela picada do mosquito, por transfusão de sangue contaminado, através da placenta (congênita) para o feto e por meio de seringas infectadas.
Sintomas
Os sintomas mais comuns são febre alta, calafrios intensos que se alternam com ondas de calor e sudorese abundante, dor de cabeça e no corpo, falta de apetite, pele amarelada e cansaço. Dependendo do tipo de malária, esses sintomas se repetem a cada dois ou três dias.
Diagnóstico e período de incubação
O período de incubação depende do tipo de malária, mas varia de 7 a 28 dias a partir do momento da picada.
Caso a pessoa tenha febre depois de ter visitado áreas de risco, a possibilidade de ter contraído malária deve ser levada em consideração. Para confirmar o diagnóstico, existe um exame de lâmina, também chamado de gota espessa ou esfregaço, que consiste em puncionar a ponta de um dedo para obter uma gota de sangue e analisá-lo.
Tratamento
Não existe vacina contra a malaria, uma doença autolimitada, mas que pode levar à morte se não for tratada em determinados casos. O tratamento padronizado pelo Ministério da Saúde é feito por via oral e não deve ser interrompido para evitar o risco de recaídas.
O medicamento indicado para a malária vivax é bem tolerado e não provoca efeitos colaterais. O mesmo não acontece com os indicados para a malária falciparum, o que dificulta seu uso nesse caso.
Recomendações
* Use repelente no corpo todo, camisa de mangas compridas e mosquiteiro, quando estiver em zonas endêmicas;
* Evite banhos em igarapés e lagoas ou expor-se a águas paradas ao anoitecer e ao amanhecer, horários em que os mosquitos mais atacam, se estiver numa região endêmica;
* Procure um serviço especializado se for viajar para regiões onde a transmissão da doença é alta, para tomar medicamentos antes, durante e depois da viagem;
* Não faça prevenção por conta própria e, mesmo que tenha feito a quimioprofilaxia, se tiver febre, procure atendimento médico;
* Nunca se automedique.