quinta-feira, 3 de maio de 2012

Verminoses


Verminoses

Parasitoses Intestinais

São doenças causadas por vermes e protozoários. A contaminação se dá de várias formas, sendo que a principal é a ingestão de alimentos ou água contaminada e através da pele por ferimentos pequenos.
Seja pela ausência ou precariedade de saneamento básico, seja por questões que envolvam os cuidados com higiene individual ou de instalações (reservatórios para água e meios de preparo/ conservação dos alimentos), tudo aquilo que ingerimos pode estar contaminado por microorganismos e causar doenças. É importante destacar o fato de que o número de casos dessas doenças é sempre bem maior nas áreas de baixas condições sócio-econômicas e carência de saneamento básico, incluindo-se o tratamento da água, do esgoto, do lixo e o controle de vetores, particularmente moscas, ratos e baratas.

Sintomas

De modo geral, a maioria das pessoas infectadas se apresenta com quadro de dor abdominal, cólicas, náuseas, vômitos, diarréias, perda de peso, anemia, febre e sintomas respiratórios. O tratamento é feito com medicamentos antiparasitários específicos após a identificação do agente causador.

Prevenção

A prevenção das parasitoses exige medidas simples, mas é preciso que se crie o hábito de executá-las rotineiramente.

As principais são:

Lavar as mãos antes das refeições, antes de manipular e preparar alimentos, antes do cuidado de crianças e após ir ao banheiro ou trocar fraldas
Andar sempre com os pés calçados
Cozinhar bem os alimentos. Carnes somente bem passadas
Lavar com água potável os alimentos que serão consumidos crus e se possível deixe-os de molho por 30 minutos em água com hipoclorito de sódio a 2,5%
Beber somente água filtrada ou fervida
Manter limpa a casa e terreno ao redor, evitando a presença de insetos e ratos
Conservar as mãos sempre limpas, as unhas aparadas, evitar colocar a mão na boca
Não deixar as crianças brincarem em terrenos baldios, com lixo ou água poluída.
Do ponto de vista da comunidade, a prevenção se faz através de:
Educação para a saúde
Proibição do uso de fezes humanas para adubo
Saneamento básico a toda população
Condições de moradia compatíveis com uma vida saudável
Fonte: bvsms.saude.gov.br
Verminoses
As verminoses são um tipo de infecção intestinal, provocada por agentes específicos, denominados parasitas. Constitui-se uma i doença freqüente, de difícil controle pêlos órgãos públicos, que acomete o ser humano de forma irrestrita. Ocorre em crianças e adultos, de ambos os sexos, em todas as classes sociais, tanto na zona rural como nas cidades.
A doença é transmitida por alimentos contaminados, frutas e verduras mal lavadas, água contaminada, carnes cruas ou mal cozidas, mãos sujas, objetos contaminados (chupetas, brinquedos, copos, pratos, talheres, etc.). A contaminação pela poeira (lombriga) é menos freqüente e se dá através da penetração direta pela pele - "sola dos pés" - como no caso do amarelão e da esquistossomose.
De modo geral, a maioria das pessoas infectadas se apresenta com quadro de dor abdominal, cólicas, náuseas, vômitos, diarréias, perda de peso, anemia, febre e quadros respiratórios. A apresentação dos sintomas e os exames de fezes normalmente dão a identificação do parasita. Exames de sangue podem ser necessários se houver acometimento sistêmico.
Medicamentos antiparasitários específicos são utilizados por orientação médica, após a identificação do agente causador. O tratamento das populações afetadas reduz bastante o índice de infecções numa comunidade.
A prevenção constitui-se a forma mais segura e eficaz contra estas infecções.
As verminoses mais freqüentes são: ascaridíase (lombrigas), teníase (solitária), oxiuríase, tricuríase e ancilostomíase (amarelão). Outras, menos freqüentes, também são importantes, principalmente devido ao quadro clínico de alto risco para o paciente, tais como: amebiase, strongiloidiase. giardíase e esquistossomose.
Verminose NÃO É SOMENTE UM PROBLEMA QUE AFETA CRIANÇAS DE BAIXA RENDA, mas acomete todo nosso Brasil. Para mudarmos este quadro há que conscientizarmos e mudarmos nossas condutas de higiene, além de exigirmos medidas sanitárias mais sérias tanto no saneamento básico, mas também treinamento e controle sanitário de restaurantes, bares, lanchonetes, agricultura, escolas, produtores de água mineral, filtros de água e tudo que se relacione à veiculação de água e alimentos.
A prevenção corresponde a melhor forma de proteger a saúde contra as verminoses.
Algumas medidas simples são suficientes, tais como:
Lavar bem as mãos sempre que usar o banheiro ou antes das refeições
Conservar as mãos sempre limpas, unhas aparadas, e evite colocara mão na boca
Beber somente água filtrada ou fervida
Lavar bem os alimentos antes do preparo, principalmente se for consumirem;
Andar somente calçado
Comer apenas carne bem passada
Não deixar as crianças brincarem em terrenos baldios, com lixo ou água poluída
Manter limpa a casa e o terreno em volta, evitando a presença de moscas e outros insetos
Comer somente em lugares limpos e higiênicos
Caso apresentar algum sintoma "suspeito", procurar orientação médica, imediatamente
Evite tomar medicamentos por conta própria, procure sempre a orientação de um médico.

Doenças Transmitidas Pelo Solo


Doenças Transmitidas Pelo Solo

Assim como o ar e a água, o solo também pode ser contaminado e, consequentemente, transmitir-nos algumas doenças.
Conheça algumas delas:

Tétano

Essa doença é produzida por uma bactéria, o bacilo do tétano (Clostridium tetani), e caracteriza-se por contrações e espasmos dos músculos do rosto, da nuca, da parede do abdome e dos membros. Esses espasmos são consequência da ação da toxina produzida pelo bacilo sobre o sistema nervoso.
O bacilo do tétano pode ser encontrado sob a forma de esporo (uma forma resistente do micróbio) nos mais variados ambiente: poeira, pregos enferrujados, latas, água suja, galhos, espinhos e no solo, principalmente quando tratado com adubo animal, pois esse bacilo está presente nas fezes dos animais domésticos e do homem.
A profilaxia do tétano depende, portanto, da melhoria do padrão de vida das camadas mais pobres da população. Depende também da eficiência dos programas de vacinação. A vacina contra o tétano está associada às da difteria e da coqueluche (vacina tríplice). Se o indivíduo não tiver sido vacinado, deve-se usar soro antitetânico e antibióticos, prescritos pelo médico. Posteriormente será aplicada a vacina.

Esquistossomose - Barriga-d'água

É o nome popular para uma doença que deixa a pessoa com uma barriga enorme. Esquistossomose é a outra denominação para esse mal. No Brasil, a barriga-d'água é provocada pelo Schistosoma mansoni, verme achatado (platelmito) que entra pela pele (pés e pernas), aloja-se no fígado, alimenta-se de sangue e chega a ter um centímetro.
O verme passa por várias fases. Ele começa como ovo, vira uma larva ao cair em rio ou lagoa, transforma-se em cercária dentro de um caramujo e chega à fase adulta no corpo humano, seu hospedeiro definitivo. A hicartone é uma droga que mata o verme. Ela é, porém muito tóxica ao organismo.
Os prejuízos causados pelo verme não se limitam a sua espoliativa, isto é, a sua capacidade de desviar os nutrientes do indivíduo doente para seu próprio consumo.
Complicações hepáticas e intestinais são muito frequentes, ocasionando diarréias, dores abdominais e rápido emagrecimento. Ao penetrarem na pele, as cercárias podem provocar forte reação alérgica, com sensação de coceira, vermelhidão intensa e dor.
A obstrução do sistema porta causa problemas circulatórios que, por sua vez, acarretam a congestão e o edema das paredes do intestino, e do estômago, bem como perda de parte do plasma para a cavidade abdominal (barriga-d'água).
Para controlar e combater essa doença, é de fundamental importância a melhoria das condições sócios-econômicas da população. Moradias de melhor qualidade, dotadas de instalações sanitárias adequadas, evitam que as fezes com os ovos atinjam os rios, impedindo a propagação do verme.
Ciclo do Esquistossomose
Ciclo do Esquistossomose
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Amarelão

É uma doença típica de regiões de solo quente e úmido. E
ntre outros sintomas, provoca uma forte anemia, que diminui a capacidade de trabalho dos indivíduos afetados.
O amarelão - nome popular mais comum da ancilostomose - ocorre frequentemente em indíviduos portadores de outras verminoses, fato que, somado às condições sociais precárias, contribui para a baixa produtividade do homem ruaral brasileiro.
O amarelão é produzido por dois tipos de vermes nematódeos: o ancilóstomo (Ancylostoma duodenale) e o necátor (Necator americanus). O primeiro é comum no sul e o segundo no norte e nordeste do Brasil. As larvas desses vermes crescem na terra úmida e quente e penetram pela pele dos pés descalços do indivíduo. Mais raramente, podem também ser engolidas.
As larvas que invadem a pele alcançam um vaso sanguíneo ou linfático e sofrem um ciclo semelhante ao do Ascaris. Pela circulação chegam aos pulmões e atravessam a parede dos alvéolos, subindo até a faringe. Podem ser então engolidos e chegam ao intestino, onde completam o amadurecimento. Prendendo-se na parede desse órgão, provocam desnutrição da mucosa com intensas hemorragias.
Os indivíduos doentes libertam nas fezes os ovos resultantes da reprodução dos vermes.
Esses ovos contaminam o solo e dão origem às larvas, que penetrarão pelos pés de outros indivíduos, infestando-os. Desse modo, a doença vai passando de uma pessoa para outra.
O tratamento dos doentes deve ser feito com vermífugos, associados a uma dieta rica e mesmo a antianêmicos, já que a perda de ferro é muito expressiva.
Schistosoma no Sistema Porta-Hepático
Schistosoma no Sistema Porta-Hepático

Doenças Tropicais


Doenças Tropicais

A doença tropical tem uma correlação intrínseca não só com o ecossistema, mas também com a condição social da população. Decorrente da pobreza, também é o abandono do tratamento pelos doentes as estatísticas mostram que o abandono ao tratamento atinge grandes proporções no país, estimativas indicam dados entre 17% e 25%.
As principais causas de abandono podem ser atribuídas desde a um tempo longo de tratamento, à deficiência no sistema de atendimento aos doentes, à falsa impressão de cura após algumas semanas de tratamento e a fatores individuais (alcoolismo, etc...).
Além dos fatores sociais, existem os problemas técnicos, políticos e administrativos, que são comuns a qualquer programa de saúde pública. Resolver os problemas implica em ações com uso de tecnologia apropriada, estrutura sanitária básica, enfoque epidemiológico, decisão política e participação da sociedade.
Novos paradigmas, têm, portanto, que serem estabelecidos para o combate às doenças tropicais.

Situação atual

A pesquisa e desenvolvimento de novos medicamentos no combate às doenças tropicais é considerada um nicho de mercado de pouco interesse por parte das empresas estrangeiras. Embora se verifique a existência de capacitação técnico-científica no país para o desenvolvimento e produção de medicamentos e seus insumos, o que se constata é que os grupos trabalham isoladamente, de forma desarticulada e não integrada.
Conseqüentemente, embora haja investimentos na área, os recursos são dispersos, o que dificulta potencialidade de nossa biodiversidade está distante de uma exploração efetiva, e os entraves existentes para aprovação e registro de novas drogas desestimulam o desenvolvimento de novos produtos. As deficiências na operacionalização das unidades vinculadas ao SUS (Sistema Único de Saúde) prejudicam o acesso da população aos medicamentos.
As novas tecnologias de comunicação vêm abrindo, entretanto, a possibilidade de integração com o ambiente externo, tanto ao nível nacional quanto internacional.

Diarréia

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a diarréia provoca a morte de uma pessoa a cada 10 segundos em todo o mundo. Normalmente está associada à desnutrição protéico-calórica e a problemas de subdesenvolvimento decorrente da falta de higiene e sistemas de tratamento para água e esgoto.
Crianças pobres são as mais atingidas, inclusive no Brasil, apresentando de 50 a 60 dias de diarréia por ano. A morte de crianças devido à diarréia é superior às mortes por pneumonia e às doenças evitáveis por vacina. No Brasil, um país endemicamente parasitado, onde as condições sanitárias são precárias em várias regiões, o exame protoparasitológico tem muita importância no diagnóstico da diarréia. Ela pode ser classificada como de origem osmótica, secretora, motora ou exsudativa (disenteria). Na diarréia osmótica é preciso ter um elemento osmoticamente ativo no interior do intestino, que atraia água para a luz intestinal.
No caso de diarréia secretora, o exemplo clássico está relacionado com o cólera, em que há um estimulo do complexo adenilatociclase e conseqüentemente um aumento nas perdas hidroeletrolíticas. A diarréia motora é causada por uma alteração na coordenação da musculatura lisa intestinal, enquanto na diarréia exsudativa, que corresponde à disenteria, o paciente pode perder sangue, muco e pus. Nesse último grupo, podem ser incluídas as diarréias infecciosas, que afetam o cólon intestinal, e as invasivas, como as salmoneloses e shigueloses.
O antidiarreico ideal deve inibir a hipersecreção intestinal, agir rapidamente, não causar constipação e o mais importante, não ter efeito sobre o sistema nervoso central. Um fármaco inovador é oracecadotril (Tiorfan), uma nova droga que ativada no tubo digestivo por esterases, age no tubo digestivo por esterases insulares, age no mecanismo básico da diarréia, ou seja, evita a hipersecreção de eletrólitos e água para o tubo digestivo.
A droga ativa o receptor delta (d) e não o receptor mi (m), como fazem os opióides, que podem causar bacteremias. Com isso, ela não produz um dos mais sérios inconvenientes no tratamento da diarréia, que é a diminuição da mortalidade com favorecimento de crescimento bacteriano, o que pode agravar muito a diarréia.
A droga age no principal mecanismo da maior parte dos casos de diarréia, o mecanismo secretor. Não revela qualquer efeito sobre a motilidade gastrointestinal, o sistema nervoso central, o sistema respiratório ou o sistema endócrino. A substância é uma pró-droga absorvida oralmente. É rapidamente convertida em composto ativo e uma hora após a administração já se tem o maior pico de atividade. O racecadotril (Tiorfan) não atravessa a barreira hematoencefálica e a dose usual é de 100 mg três vezes ao dia.

Febre amarela

Doença infecciosa aguda, causada por um vírus RNA, arbovírus do grupo B, ou seja, vírus transmitidos por artrópodes (Arthropod Borne Viruses) do gênero Flavivírus, família Togaviridae, com transmissão através de vetores alados.
É basicamente uma antroposoonose, isto é, uma doença de animais silvestres, que acomete o homem acidentalmente.
Diferencia-se em dois padrões epidemiológicos: o urbano e o silvestre. O primeiro deve-se a ação de um mosquito de hábitos urbanos, o Aedes aegypti, que transmite a doença de pessoas doentes a uma população sensível, e volta a causar temor pela possibilidade de reemergência, devido a intensa proliferação do mosquito nos grande centros urbanos atualmente.
O ciclo silvestre, por sua vez é mantido pelas fêmeas de mosquitos antropofílicos (especialmente do gênero Haemagogos) as quais necessitam de sangue para amadurecer seus ovos: têm atividade diurna ma copa das árvores, ocorrendo a infecção do homem ao invadir o ecossistema viral. Após um período de incubação média de três a seis dias, surgem os primeiros sintomas, febre alta, cefaléia, congestão conjuntival, dores musculares e calafrios.
Algumas horas depois podem ocorrer manifestações digestivas, tais como: náuseas, vômitos e diarréia, correspondendo à fase em que o vírus está circulando no sangue (Período de Infecção), evoluindo em dois a três dias à cura espontânea (período de Remissão).
Formas graves da Febre Amarela podem surgir um ou dois dias após a cura aparente, observando-se aumento da febre e dos vômitos, prostração e icterícia (Período de Intoxicação).
Em seguida surgem outros sintomas de gravidade da doença, tais como: hematêmese (vômito negro), melena (fezes enegrecidas), petéquias (pontos vermelhos) e esquimoses (manchas roxas) em várias regiões da superfície corporal, desidratação, agitação, delírio, parada renal, torpor, coma e morte (em cerca de 50% dos casos). O diagnóstico é essencialmente clínico, sendo que nas formas graves, somente é obtido post-mortem.
Não existe tratamento específico, portanto utiliza-se de medicação sintomática, preferencialmente o Paracetamol, evitando-se os salicilatos (Ácido Acetil Salicílico e derivados), em função do risco de hemorragias. Pacientes com formas graves da doença necessitam de cuidados de Terapia Intensiva. Na prevenção da Febre Amarela fundamental é a aplicação da vacina Anti-Amarílica, na dose de 0,5 ml por via subcutânea, com reforço a cada dez anos. Não se recomenda a aplicação em gestantes e portadores de imunodeficiência (inclusive pelo Vírus da Imunodeficiência Humana).

Dengue

O dengue existia no Estado do Rio de Janeiro até a década de 1940, quando o combate ao mosquito da febre amarela, o mesmo que transmite dengue, acabou com a doença. Esta voltou, junto com o mosquito, no final da década de 1980.
No início dos anos 90, houve a introdução de um segundo tipo do vírus do dengue (o sorotipo 2, até então tínhamos somente o sorotipo 1), aumentando o risco do número de casos de dengue hemorrágico. Os sintomas na forma hemorrágica evoluem rapidamente para sangramentos internos e nas mucosas, podendo ocorrer choques que levam à morte. Ocorrem geralmente quando a pessoa, que já teve a doença por um dos tipos de vírus (existem 4, chamados sorotipos), ao qual passa a ser imune, contrai a infecção por um outro tipo.

Malária

Doença infecciosa, febril, não contagiosa, sub aguda, aguda e algumas vezes crônicas, causada por protozoários do gênero Plasmodium, principalmente as espécies vivax e falciparum, transmitida através da picada das fêmeas dos mosquitos do gênero Anopheles. Dentre todos os anofelinos transmissores de malária (cerca de 200 espécies), o Anopheles darlingi destaca-se como a espécie mais importante. Distribui-se por toda a Amazônia, onde atinge anualmente uma parcela expressiva da população, sendo frequentemente i aparecimento de formas graves, inclusive com elevada mortalidade. O período de incubação pode variar de nove a quarenta dias, os sintomas são mais graves nos indivíduos primo-infectados.
O quadro clínico caracteriza-se por : cefaléia, mialgias, prostração, perda do apetite, mal-estar geral e calafrios seguidos de febre de início súbito, elevada (acima de 40ºC) e intermitente, que ao cessar desencadeia intensa sudorese. Nas formas graves o paciente apresenta também vômitos, diarréias, cianose de extremidades, pele fria e pegajosa. Pode haver diminuição do volume urinário nas 24 horas evoluindo para Insuficiência Renal Aguda.
Complicação frequente nos casos graves é o Edema Pulmonar e a Síndrome de Angústia Respiratória do Adulto, além de sangramentos digestivos, subcutâneos e de outras localizações, que em geral leva, à morte. O diagnóstico é clínico-epidemiológico e laboratorial, através da detecção de plasmódios no sangue periférico (esfregaço ou gota espessa), além da utilização de métodos imunoenzimáticos ou de radioimunoensaio nos casos de maior dificuldade diagnostica.
O tratamento é feito com drogas antimaláricas com o uso de Cloroquina e Primaquina para P.vivax e Quinino associado a antimicrobianos e mas recentemente derivados da Artemisina, no tratamento de malária pelo P.falciparum. Os pacientes graves necessitam de cuidados em Unidade de Terapia Intensiva.
Medidas de proteção individual, com o uso de repelentes nas áreas expostas do corpo e a instalação de telas nas portas e janelas das habitações, são inviabilizadas pelas condições climáticas regionais (calor e umidade excessivos). No momento não se dispõe de vacinas para uso clínico.

Leishmaniose tegumentar americana - (LTA)

É uma doença infecciosa, de evolução que tende a cronicidade, não contagiosa, causada por diferentes espécies de protozoários do gênero Leishmania e transmitida por insetos hematófagos genericamente designados flebótomos. Trata-se de uma zoonose, pois tem como reservatórios animais silvestres picados pelos flebotomíneos.
O homem é infectado acidentalmente quando invade o ecossistema do protozoário, em atividades de extrativismo ou na implantação de projetos agrícolas em áreas recentemente desmatadas. É endêmica na Região Amazônica, com significativa incidência. É caracterizada pelo polimorfismo lesional, comprometendo a pele, comumente manifestando-se como uma lesão ulcerada, única ou múltipla, medindo entre 3 a 12 cm de diâmetro, com bordos elevados, "em moldura de quadro", base granulosa e sangrenta, frequentemente associada à infecção bacteriana secundária.
Dependendo das espécies de Leishmania e de fatores imunogenéticos do hospedeiro podem ocorrer lesões mucosas e cartilaginosas, que geralmente inicia-se na mucosa nasal, surgindo coriza e sangramento nasal, evoluindo para perfuração do septo e destruição da fossa nasal, mucosa, cartilagem e nos casos mais severos compromete o assoalho da boca, língua, laringe, traquéia e brônquios, com mutilações graves, podendo afetar as funções vitais levando ao óbito.
O diagnóstico é clínico, baseado nas características das lesões cutâneas e laboratorial através dos seguintes exames: raspado da borda na úlcera, isolamento do parasita em cultura, isolamento do parasita em animais de laboratório ("hamster"), Intradermoreação de Montenegro, imunofluorescência indireta e exame anátomo-patológico da lesão.
No tratamento da Leishmaniose Cutâneo-Mucosa as drogas de primeira escolha continuam sendo os antimoniais pentavalentes, ou seja, meglumina antimoniais pentavalentes, ou seja, meglumina antimoniato e stibogluconato de sódio.
Em caso de insucesso com estas substâncias pode-se utilizar outras drogas como Anfotericina B e Pentamidina. Todas são de administração injetável, com várias aplicações, dificultando a adesão dos pacientes. Fatores imunogenéticos podem retardar consideravelmente a cicatrização das lesões. As condições eco-epidemiológicas da Amazônia não permitem a instituição de medidas profiláticas adequadas. Não existe vacina disponível para uso clínico.

Vacinas contra a malária-perspectivas

Para a Dra. Ruth Nussenzweig, pesquisadora da Universidade de Nova York - EUA, uma vacina contra a fase pré-eritrocítica do parasita seria hoje imuno profilática, evitando todos os sintomas da doença.
Ö problema de desenvolver uma vacina contra malária ficou ainda maior, pois encontramos grande resistência do falciparum à cloroquina, e há indícios de que Pvivax já começa a desenvolver a mesma resistência, o que é muito grave para a saúde pública: a comprovação de que seria possível desenvolver uma vacina contra a doença foi conseguida há muitos anos em laboratórios, com roedores infectados por parasitas atenuados por raios gama. Posteriormente, conseguiu-se bons resultados em macacos, e no início da década de 70 começaram os experimentos em humanos.
"Os resultados foram gratificantes, pois boa parte conseguiu ficar completamente imune contra Plasmodium falciparum e outro grupo infectado pelo P.vivax atenuado pelos raios gama ficou protegido contra o parasita.
No ano passado nos EUA e na Bélgica com o apoio da SmithKline Beecham demonstramos ser possível imunizar voluntários humanos com uma proteína híbrida que possui parte da proteína da superfície do vírus da hepatite B e parte da proteína circunsposta da malária falciparum. Houve proteção completa de cerca de sete indivíduos.
Hoje, estamos produzindo vacina sintética que está sendo ensaiada em voluntários humanos na Universidade de Maryland"", anima-se a doutora. Esta vacina, que contém alguns dos adjuvantes usados pelo exército americano e pela SmithKline Beecham, apresenta resultados preliminares que indicam que estes voluntários estão desenvolvendo alta imunidade, em níveis idênticos aos alcançados pela proteína híbrida.
Segundo a pesquisadora, "ainda é cedo para falarmos em uma vacina, pois os experimentos em humanos são demorados. Foi necessário esperar cerca de cinco anos para experimentar em humanos a primeira vacina conseguida em Maryland e teremos que esperar mais cinco para testar as novas vacinas, mas as perspectivas são boas".
Fonte: www.imt.usp.br
Doenças Tropicais
Essa denominação ainda é pertinente porque, nos trópicos, os fatores climáticos favorecem a proliferação de insetos, os principais transmissores dessas doenças.
Atualmente, essas doenças estão bastante relacionadas a fatores socioeconômicos, pois se manifestam mais nos países pobres que em sua maioria se localizam nas regiões tropicais e não têm condições de implantar medidas efetivas de controle, prevenção e tratamento.
Por isso, as doenças tropicais continuam sendo um problema grave de saúde pública, especialmente se considerarmos o alto índice de mortalidade associado a elas.
Além dos fatores sociais, existem os problemas técnicos, políticos e administrativos, que são comuns a qualquer programa de saúde pública.
Resolver os problemas implica em ações com uso de tecnologia apropriada, estrutura sanitária básica, enfoque epidemiológico, decisão política e participação da sociedade.
Novos paradigmas, têm, portanto, que serem estabelecidos para o combate às doenças tropicais.
Doenças Tropicais

Doenças Relacionadas com a Água



A água pode transmitir doenças direta ou indiretamente das seguintes formas:
A) Beber água contaminada pormicróbios ou contendo substânciasnocivas à saúde humana.
B) Comer alimentos contaminados pela água.
C) Tomar banho em água onde existem parasitos.

CUIDADO! NÃO BEBA ÁGUA CONTAMINADA !

As pessoas sadias adquiremfebres: tifóide e paratifóide,doenças ao beber águadiarréia, hepatite, poliomelite e contaminada, e podem contrair febres: tifóide e paratifóide,doenças ao beber águadiarréia, hepatite, poliomelite e contaminada, e podem contrairverminoses provocadas pelalombriga, oxiurius, solitária,ameba e giárdia.
Para evitar a transmissão dedoenças através da águacontaminada, devemosadotar as seguintesmedidas:
Proteger açudes epoços utilizados para oabastecimento, evitandoa contaminação da água.
Tratar a água,eliminando micróbios eimpurezas nocivos à saúdehumana.
Filtrar e ferver a água.

NÃO COMA ALIMENTOSCONTAMINADOS PELA ÁGUA !

É o caso de alguns alimentoscrus, como por exemplo, asverduras. Elas sãocontaminadas pela água deirrigação. Essa água pode termicróbios provenientes defezes de indivíduos doentes.Desta forma, pode transmitira ameba e outrasverminoses.Para evitar transmissão dasdoenças através dealimentos contaminados pelaágua, devemos adotar asseguintes medidas:contaminada.- Observar a procedência de- Lavar sempre as frutas,verduras, legumes e hortaliças.verduras e hortaliças antes de- Não irrigar verduras com águacomê-las.

CONTATO DA PELE COM ÁGUA CONTENDO PARASITOS

Diversos paratisot,s como o Schistosoma, podem viver e se multiplicar no instestino de uma pessoa, prejudicando o seu organismo.
Os ovos destes parasitos, muito pequenos, só podemos ser vistos com o auxílio de um microscópio, e são expelidos junto com as fezes.
Estes ovos, quando carregados para os rios, açudes ou lagos, dão origem à pequeninas larvas.
Estas larvas penetram nos caramujos, multiplicando-se e transformando-se em pequeninos vermes.
Os vermes, saem do caramujo e vão infestas a água.
Ao entrar em contato com águas infestadas, o homem adquire a Esqustossomíase, pois os vermes penetram pela pele.
Para evitar doenças devemos adotar as seguintes medidas:
1. Construir privadas, isolando as fezes.
2. Evitar o contato com as águas que possam estar infestadas com Schistosoma.
3. Adotar medidas para eliminação do caramujo, eviatando assim que as larvas do Schistosoma se transformem em vermes.

Legislação Para Doação de Orgãos


Legislação Para Doação de Orgãos


A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe confere o art. 11 inciso IV do Regulamento da ANVISA aprovado pelo Decreto nº. 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c o art. 111, inciso I, alínea “b”, § 1º do Regimento Interno aprovado pela Portaria nº. 593, de 25 de agosto de 2000, republicada no DOU de 22 de dezembro de 2000, em reunião realizada em 22 de maio de 2006,
considerando que o Sistema Nacional de Transplantes-SNT, definido pela Lei n° 9.434, de 4 de fevereiro de 1997 e regulamentado pelo Decreto n° 2.268, de 30 de junho de 1997, tem como finalidade desenvolver e coordenar o processo de captação e distribuição de tecidos, órgãos e partes retirados do corpo humano para finalidades terapêuticas;
considerando que as Centrais de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos-CNCDOs são as unidades executivas, nos Estados e Distrito Federal, das atividades do Sistema Nacional de Transplantes, segundo o Decreto n° 2.268, de 30 de junho de 1997 e Portaria/MS n° 3.407, de 5 de agosto de 1998;
considerando que dentre as atribuições das CNCDOs, identificam-se atividades que necessitam regulamentação pela Vigilância Sanitária, tais como:
a) providenciar o acondicionamento e o transporte de tecidos e órgãos;
b) armazenar órgãos e tecidos que estão aguardando distribuição;
c) garantir infra-estrutura de transporte de equipes de retirada e transplante, tecidos e órgãos, a realização de testes de triagem sorológica e de histocompatibilidade e destino final do material não utilizado;
d) guardar, sob sua responsabilidade, os prontuários de receptores, que deverão permanecer disponíveis pelo prazo de 20 anos, para eventual investigação criminal;
e) arquivar todos os registros das suas atividades durante todo o processo, da captação ao transplante, garantindo a rastreabilidade necessária;
f) possuir rotinas de funcionamento dentro de uma lógica de garantia da qualidade;
g) manter fluxo de dados e de sistema de informação conforme determinado pelo SNT.
considerando que a ANVISA tem por finalidade institucional promover a proteção da saúde da população, por intermédio do controle sanitário da produção e da comercialização de produtos e serviços submetidos à vigilância sanitária, inclusive dos ambientes, dos processos, dos insumos e das tecnologias a eles relacionadas, bem como o controle de portos, aeroportos e de fronteiras (Lei n° 9.782, de 26 de janeiro de 1999);
considerando as atribuições da Gerência-Geral de Sangue, outros Tecidos, Células e Órgãos para elaborar, revisar e atualizar a legislação e vigilância sanitária de sangue, outros tecidos, células e órgãos; promover meios para garantir a qualidade do sangue, outros tecidos, células nos padrões requeridos pelas normas técnicas e coordenar as ações de inspeção na área de sangue, outros tecidos, células e órgãos (Portaria n° 593, de 25 de agosto de 2000, alterada pela Portaria n° 324, de 16 de abril de 2004, incisos I, IV e V), e
considerando que a Coordenação do Sistema Nacional de Transplantes também reconhece a necessidade de se atuar sobre as CNCDOs para garantir a qualidade do processo de todo o ciclo do transplante de órgãos, tecidos e células,
adotou a seguinte Resolução de Diretoria Colegiada, e eu, Diretor-Presidente, determino a sua publicação:
Art. 1° O ambiente físico, os recursos materiais, as condições de trabalho e as atividades e procedimentos relacionados diretamente ao ciclo do transplante de células, tecidos e órgãos, exercidos pelas Centrais de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos, estão sujeitos ao regime de vigilância sanitária.
Art. 2° Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

27 de Setembro é o Dia Nacional da Doação de Òrgãos e Tecidos



27 de Setembro

Dia Nacional dos Doadores de Órgãos
De cada 8 (oito) potenciais doadores de órgãos, apenas 1 (um) é notificado. Ainda assim o Brasil é o segundo país do mundo em número de transplantes realizados por ano, sendo mais de 90% pelo sistema público de Saúde. O resultado positivo é devido, principalmente, a três fatores:
1. O programa nacional de transplantes tem organização exemplar. Cada Estado tem uma Central de Notificação, Captação e distribuição de Órgãos que coordena a captação e a alocação dos dos órgãos, baseada na fila única, estadual ou regional.
2. Para realizar transplante é necessário credenciamento de equipe no Ministério da Saúde. A maioria destas equipes é liderada por médico com especialização no exterior, obtido graças ao investimento público na formação de profissionais em terapia de alta complexidade.
3. Hoje mais de 80% dos transplantes são realizados com sucesso, reintegrando o paciente à sociedade produtiva.

O potencial doador cadáver

Considera-se como potencial doador todo paciente em morte encefálica. No Brasil, o diagnóstico de morte encefálica é definido pela Resolução CFM n° 1480/97, devendo ser registrado, em prontuário, um Termo de Declaração de Morte Encefálica que descreva todos os elementos do exame neurológico que demonstrem ausência dos reflexos do tronco cerebral, bem como o relatório de um exame complementar que assegure esse diagnóstico.

Morte encefálica

Morte encefálica e coma não são sinônimos. No estado de coma o encéfalo está vivo, executando suas funções de manutenção da vida. Na morte encefálica, apenas o coração pode continuar batendo, em razão de seu marcapasso próprio, e por pouco tempo, o suficiente para o aproveitamento de órgãos saudáveis para transplante. O diagnóstico definitivo da morte encefálica é corroborado por exames que demonstrem a ausência de fluxo sangüíneo intracraniano.

Quem pode ser doador de órgãos após a morte?

Para ser doador após a morte não é necessário portar nenhuma documentação, mas é fundamental comunicar à própria família o desejo da doação posto que, após o diagnóstico de morte encefálica, a doação só se concretiza após a autorização dos familiares, por escrito, o que, na dependência do órgão a ser transplantado, exige, por vezes, rapidez. Coração, pulmões, fígado e pâncreas só podem ser transplantados se removidos após a morte encefálica e antes da parada cardíaca; a retirada de córneas e ossos pode ser feita até 6 horas após a parada cardíaca; e, no caso dos rins, o limite é de um máximo de 30 minutos após a parada cardíaca.

Quem pode ser doador vivo?

Em princípio, o doador vivo é uma pessoa, em boas condições de saúde, capaz juridicamente, ou seja, maior de 21 anos e que concorde com a doação, não existindo um limite superior de idade. Por lei, pais, irmãos, filhos, avós, tios, primos de primeiro grau e cônjuges podem ser doadores, desde que haja compatibilidade entre o sistema ABO do receptor e dos possíveis doadores. Os doadores não parentes só podem doar em condições especiais, após liberação judicial, conforme dita a lei n° 10211.
Fonte: UFGNet
Dia Nacional dos Doadores de Órgãos

27 de Setembro

Dia Nacional dos Doadores de Órgãos
Como posso ser doador?
Hoje, no Brasil, para ser doador não é necessário deixar nada por escrito, em nenhum documento. Basta comunicar sua família do desejo da doação. A doação de órgãos só acontece após autorização familiar.
Que tipos de doador existem?
Doador vivo - Qualquer pessoa saudável que concorde com a doação. O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea e parte do pulmão. Pela lei, parentes até quarto grau e cônjuges podem ser doadores; não parentes, somente com autorização judicial.
Doador cadáver - São pacientes em UTI (Unidade de Terapia Intensiva) com morte encefálica, geralmente vítimas de traumatismo craniano ou AVC (derrame cerebral). A retirada dos órgãos é realizada em centro cirúrgico como qualquer outra cirurgia.
Quais órgãos e tecidos podem ser obtidos de um doador cadáver?
Coração, pulmão, fígado, pâncreas, intestino, rim, córnea, veia, ossos e tendão.
Para quem vão os órgãos?
Os órgãos doados vão para pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em lista única, definida pela Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de cada Estado e controlada pelo Ministério Público.
Como posso ter certeza do diagnóstico de morte encefálica?
Não existe dúvida quanto ao diagnóstico. O diagnóstico da morte encefálica é regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina. Dois médicos de diferentes áreas examinam o paciente, sempre com a comprovação de um exame complementar.
Após a doação o corpo fica deformado?
Não. A retirada dos órgãos é uma cirurgia como qualquer outra e o doador poderá ser velado normalmente.

O que é reumatismo?



1) O que é reumatismo?
O reumatismo não é uma doença, mas sim um termo genérico que se refere às doenças que acometem as articulações ("juntas"), i.e., às doenças reumáticas.
2) Quantos tipos de doenças reumáticas existem?
Existem cerca 120 formas de doenças reumáticas ("reumatismos"). As doenças reumáticas podem ser agrupadas em doenças degenerativas, inflamatórias, auto-imunes, infecciosas, metabólicas e pós-traumáticas. É importante que o paciente saiba o nome de sua doença (tendinite, artrite reumatóide, lúpus, osteoartrose, etc).
3) O que é doença reumática degenerativa?
Doença reumática causada pela degeneração (desgaste) das estruturas da articulação. Por exemplo, a osteoartrite (artrose) é decorrente da degeneração da cartilagem articular, que é um dos componentes da articulação.
4) O que é doença reumática infecciosa?
Doença reumática causada pela invasão de microorganismos (bactérias) no interior da articulação. É considerada uma emergência na prática médica do reumatologista. São exemplos de artrite infecciosa, a artrite bacteriana e artrite por tuberculose..
5) O que é doença reumática metabólica?
Doença reumática causada por um distúrbio metabólico. O principal exemplo é a gota, doença em que há formação de depósitos de ácido úrico nas articulações e tendões, em razão de uma alteração do metabolismo dessa substância.
6) O que é doença reumática pós-traumática?
Doença reumática que se caracteriza por uma inflamação das estruturas periarticulares (vizinhas da articulação) como é o caso dos tendões, ligamentos e cápsula. Essa inflamação é causada, em geral, por um esforço muscular excessivo ou movimentos de repetição no trabalho. Um exemplo característico é a tendinite, que pode ocorrer em decorrência da prática esportiva ou do trabalho de digitação de computador.
7) O que é doença auto-imune?
O sistema imune foi criado pela natureza para nos proteger de infecções sendo formado por uma rede de órgão, tecidos e células especializadas em nossa defesa. Estas células chamadas linfócitos produzem uma proteína chamada anticorpo, um verdadeiro "míssil" que persegue e atinge o agente invasor ligando-se a ele e defendendo a integridade do nosso organismo. Normalmente os anticorpos são produzidos para dar proteção ao nosso corpo, porém nem sempre isto acontece. Algumas vezes ocorre um desequilíbrio, uma perda da regulação dos linfócitos, e o sistema imune ataca o próprio organismo promovendo uma inflamação que pode danificar vários órgãos. As doenças nas quais o sistema imune promove lesões no próprio organismo chamam-se doenças auto-imunes como a artrite reumatóide, o lúpus, a esclerodermia, etc.
8) Somente os idosos têm "reumatismo"?
Não. As doenças reumáticas podem surgir em qualquer idade.
9) Somente as doenças reumáticas dão "dores nas juntas"?
Não. Várias doenças podem causar dores articulares, por exemplo, a gripe, a dengue, o hipotiroidismo...
10) É fácil diagnosticar as doenças reumáticas?
Depende da doença, muitas podem demorar anos até se conseguir um diagnóstico específico. O importante é saber que mesmo essas condições podem ser tratadas.
11) Criança tem reumatismo?
Sim, criança pode ter reumatismo. Reumatismo é um termo genérico que se dá às doenças que provocam inflamação.
12) Quais os reumatismos que as crianças podem apresentar?
Em nosso meio, o reumatismo mais comum é a febre reumática, mas outros como as artrites crônicas, mis raramente o lupus, a dermatomiosite e a esclerodermia podem ocorrer.
13) Quando devo levar meu filho ao médico para saber se ele tem reumatismo?
Sempre que uma criança se queixa com freqüência de dores em membros ou tem algum sintoma que a impeça de brincar como as outras crianças ou seja notado que a criança está mancando, ela deve ser levada ao médico. O pediatra saberá se ela merece a avaliação de um especialista como o reumatologista pediátrico.
14) O que é febre reumática?
É o nome dado ao reumatismo que ocorre como complicação de uma infecção de garganta. Pode causar dores nas juntas, problemas cardíacos e no sistema nervoso.
15) O que se pode fazer para evitar a febre reumática? Qualquer criança pode ter?
A Febre reumática é mais comum na idade compreendida entre 5 e 15 anos e pode ocorrer em qualquer criança que seja sensível a essa bactéria. O tratamento precoce e adequado das amigdalites (infecções de garganta) pode impedir o aparecimento da febre reumática. Por isso é tão importante levar a criança ao médico quando ela apresenta dor de garganta, pois só ele saberá se deve ou não ser dado antibiótico. O não tratamento pode precipitar a doença.
16) A febre reumática é hereditária?
Não, ela não é hereditária, mas as pessoas da família de uma criança com febre reumática têm uma chance maior de apresentarem algum reumatismo. É comum que existam outras pessoas com febre reumática na família de uma criança com a doença.
17) O que são espondiloartropatias seronegativas?
São doenças de causas desconhecidas que afetam a coluna, embora outras articulações (juntas) e outros órgãos possam estar envolvidos. Caracterizam-se pela ausência do Fator Reumatóide, por isso são chamadas seronegativas. Além disso, possuem outros pontos em comum: dor lombar inflamatória (a dor piora com o repouso, melhorando com o movimento), artrite em grandes juntas (tornozelos, joelhos...), dor no tendão de Aquiles, inflamação nos olhos (uveíte), na pele ou mucosas. As principais doenças desse grupo são a Espondilite Anquilosante, a Artrite Psoriásica, a Artrite Reativa (síndrome de Reiter) e as doenças inflamatórias intestinais.
18) O que é síndrome de Reiter?
Atualmente, o termo síndrome de Reiter vem sendo substituído por Artrite Reativa. Caracteriza-se por artrite (inchaço, dor e vermelhidão da junta) em algumas juntas (2 ou3), incluindo a sacro-ilíaca (dor piora ao deitar-se, melhorando durante o movimento), associada a conjuntivite e infecção da urina ou diarréia infecciosa. Pode apresentar lesões na pele/mucosas (glande, vulva e planta dos pés). O tratamento deve ser realizado por um REUMATOLOGISTA e inclui antiinflamatórios e outras drogas, bem como fisioterapia.
19) O que é eritromeralgia?
A ERITROMERALGIA caracteriza-se por dor e/ou formigamento, acompanhadas de vermelhidão nas extremidades (mãos/pés). Podem ocorrer ulcerações e aumento do suor no local. Pode ser de origem genética, sendo, quase sempre simétrica, em geral, em pessoas mais jovens ou associar-se a outras doenças (artrite reumatóide, gota, diabetes...). Aspirina e antagonistas da serotonina podem ser usados nos tratamento.
20) O que é "esporão" do calcâneo?
O termo "esporão" do calcâneo é utilizado de forma popular para descrever a FASCIITE PLANTAR CALCIFICADA (termo correto). É uma inflamação da "sola" (planta) do pé, em geral no calcanhar, mas pode ocorrer em toda a superfície plantar. Quando esse processo torna-se crônico, pode ter depósito de cálcio (calcificação). Assim sendo, não é a calcificação que leva à dor, mas sim, o oposto, a dor crônica (sintoma de inflamação crônica) leva à calcificação. A radiografia simples do calcâneo é o exame usado para sua detecção. O tratamento inclui a mudança do fator causal (excesso de peso, deformidades no pé), bem como o uso de palmilhas anti-impacto ("calcanheira"), antiinflamatórios, infiltrações locais e fisioterapia (gelo local, US)
21) É normal as juntas estalarem?
Os sons produzidos nas juntas podem ser por deslizamento do tendão/ligamento sobre a articulação (estalo), onde não há significado clínico (normal) ou por desgaste da cartilagem (crepitação), como é visto na "artrose" . É importante lembrar que esta não ocorre somente em idosos, podendo ocorrer em individuos mais jovens, principalmente se houver algum traumatismo ou frouxidão ligamentar prévios. É preciso ressaltar que ficar em locais frios (cinema) ou parado na mesma posição por algum tempo pode produzir esses sons, sem estar relacionado com algum distúrbio ligamentar. Entretanto, se isto estiver causando algum transtorno, deve-se procurar um REUMATOLOGISTA para uma melhor avaliação, pois podem ser indicados alguns exercícios para fortalecimento muscular, a fim de obter-se uma maior estabilidade da junta.
22) Quais as principais causas de dores nos joelhos?
As principais causas de dores nos joelhos são: "artrose", distúrbio ligamentar, tendinite, bursite e lesão do menisco. As últimas, em geral, são provocadas por traumas ("rotação do joelho com o pé parado"), caracterizando-se por dor e inchaço que aparecem algumas horas após o trauma. As tendinites/bursites são provocadas por trauma ou por esforço físico e apresentam dor localizada, principalmente após um esforço. A frouxidão ligamentar pode ocorrer desde a infancia e caracteriza-se por dor aos exercícios, podendo ter inchaço ou não. A osteoartrite (artrose) pode ser devido à obesidade, trauma ou outras causas. Caracteriza-se por inchaço, calor e dor, sendo tratada com antiinflamatórios, fisioterapia e outras medicações.
23) O que é síndrome de Tietze?
Caracteriza-se por dor e inchaço (tumefação) no toráx anterior (próximo ao esterno). As causas da síndrome ainda são desconhecidas. Em aproximadamente 80% dos casos a lesão é única, tendo remissão(cura) espontânea (meses ou anos). Pode ser aguda, intermitente ou crônica. Apesar de não serem muito úteis para o diagnóstico, as radiografias de tórax devem ser solicitadas para descartar outras hipóteses diagnósticas. Em geral, os exames laboratoriais (sangue, urina...) são normais. Os pacientes com sintomas persistentes devem ser acompanhados por reumatologistas para uso de antiinflamatórios e/ou infiltrações locais, bem como aplicação de calor ou gelo locais.
24) O que é artrite?
É a inflamação na articulação (junta), sendo caracterizada por dores acompanhadas de calor (aumento da temperatura), rubor (vermelhidão), edema ("inchaço"), rigidez matinal (junta "dura" pela manhã) e impotência funcional (dificuldade de movimentar). Pode ser chamada de monoartrite, quando ocorre em somente uma articulação, e poliartrite, quando em várias articulações.
25) O que significa mialgia?
Significa dor muscular, a qual pode ser generalizada ou localizada.
26) O paciente com doença reumática é um caso perdido?
Não. Os pacientes que têm algum tipo de doença reumática não devem aceitar esse tipo de afirmação, pois a medicina avançou muito sob o ponto de vista dos métodos diagnósticos e terapêuticos. O importante é o paciente procurar o Reumatologista a fim de determinar o diagnóstico correto de sua doença, bem como receber informações sobre a mesma e tratamento eficaz para o seu problema.
27) Qual é o principal exame para o diagnóstico das doenças reumáticas?
Sem dúvida nenhuma, é o exame clínico do paciente (anamnese e exame físico). O exame clínico proporciona o diagnóstico correto das doenças reumáticas em cerca de 80% das ocasiões, deixando os exames complementares (laboratoriais, radiológicos,etc) para a confirmação.
28) O que é antiinflamatório não-hormonal (AINH)?
Determinado grupo de medicamentos que têm a finalidade de combater a inflamação. A sua aplicação na Reumatologia é de fundamental importância, pois alivia a principal queixa do paciente portador de doença reumática que é a artrite. A sua prescrição deve ser orientada pelo reumatologista, pois estas medicações apresentam diversos efeitos colaterais (indesejáveis) tais como, gastrite, úlcera de estômago, hipertensão arterial, hemorragia gástrica, insuficiência no funcionamento dos rins, alergia na pele, etc.
29) O que é cortisona?
Também denominados de corticóide ou corticosteróide é um determinado grupo de medicamentos que tem a ação principal em combater a inflamação de forma mais eficaz que os antiinflamatórios em geral. No entanto, a sua prescrição deve ser feita e supervisionada pelo Reumatologista, pois estas medicações apresentam diversos efeitos colaterais (indesejáveis) tais como, gastrite, úlcera de estômago, hemorragia de estômago, hipertensão arterial, inchação (edema) e obesidade, estrias, diabetes mellitus, catarata, glaucoma, osteoporose, distúrbios psiquiátricos, etc.
30) Os medicamentos utilizados para o tratamento das doenças reumáticas podem ser utilizados durante a gravidez?
A paciente grávida portadora de algum tipo de doença reumática que necessite iniciar ou manter alguma medicação anti-reumática, necessita obrigatoriamente uma avaliação do seu reumatologista com a finalidade de determinar a melhor opção de tratamento sem colocar em risco o desenvolvimento de embrião/feto.
31) Durante a lactação (amamentação), a utilização de medicações anti-reumáticas devem ser suspensas?
A decisão de interromper a medicação anti-reumática depende do tipo da medicação utilizada e a sua dosagem, sendo que a avaliação do reumatologista é de fundamental importância.
32) A dieta alimentar é importante no tratamento das doenças reumáticas?
É aconselhável a todo paciente portador de doença reumática uma dieta racional e balanceada que ofereça energia para a realização das suas atividades diárias (andar, trabalhar, fazer fisioterapia, se vestir, lazer, etc). Deve também ser evitado o ganho de peso com a finalidade de não sobrecarregar as articulações.
Fonte: www.reumatorj.com.br
Reumatismo

Um dos sintomas do reumatimo é a dor

Reumatismo
Nos casos de Reumatismo a dor é causada por inflamação
Tradicionalmente, reumatismo é considerado uma doença das articulações, músculos, ligamentos e tendões, de caráter não traumático, que acomete pessoas mais velhas.
Na verdade, a palavra reumatismo serve para designar inúmeras enfermidades, mais de duzentas. Provavelmente, as mais conhecidas são a artrite reumatóide e a artrose, ou osteoartrose, que afetam cartilagens e articulações e provocam dor, deformação e limitação de movimentos. No entanto, as doenças reumáticas acometem não só as articulações e cartilagens, mas também órgãos internos, como coração e rins e, para a grande maioria delas, existem fundamentos imunológicos bem definidos.
Descritos por Hipócrates, séculos antes de Cristo, os diversos tipos podem manifestar-se em pessoas de qualquer idade: crianças, jovens adultos e idosos. Foi só nos últimos anos, entretanto, que surgiram drogas capazes de revolucionar o tratamento clássico do reumatismo feito até então apenas com antiinflamatórios.
A palavra reumatismo vem do grego (rheuma), mas seu significado foi-se modificando com o passar do tempo. Atualmente, quando se fala Reumatismo estamos nos referindo a um grupo bastante extenso de doenças que acometem não só as articulações, músculos, ligamentos e tendões, mas também a doenças em que o sistema imunológico está envolvido e atacam órgãos como cérebro, rins, coração, por exemplo.
Portanto, por englobar grupo tão grande de enfermidades, é muito importante caracterizar o tipo de reumatismo a fim de propor tratamento efetivo e adequado.
Reumatismo
Pequenas deformidades nas mãos (nódulos de Heberden) são próprias da artrose
Mais de 250, 300 doenças diferentes estão classificadas como reumatismo. Algumas acometem primeiro os órgãos internos. Um exemplo é o lúpus eritematoso sistêmico que, às vezes, começa pela inflamação do rim. Nesse caso, os primeiros sintomas são alterações na urina (presença de sangue e de proteína). Depois, o quadro vai se completando (as juntas incham, inflamam os músculos) e a doença adquire características reumáticas.
Outro exemplo é a febre reumática, doença que acomete principalmente crianças e pode começar pelo coração e não pelas articulações. Aliás, quanto menor a idade da criança, maior a probabilidade de comprometimento cardíaco.
Portanto, embora não seja fácil fazer o diagnóstico preciso desde o início, atualmente, podemos contar com exames laboratoriais e um conhecimento maior das doenças, o que torna possível caracterizar e tratar corretamente o tipo de reumatismo.
O reumatismo pode acometer articulações, músculos, ligamentos e tendões e um dos sintomas é a dor. Dores articulares, porém, podem ocorrer por diversas razões. Às vezes, a pessoa pisa de mau jeito ou exagera nos exercícios, e as articulações ficam doloridas. O que diferencia a dor reumática da dor ocasional provocada por traumatismos ou pela prática inadequada de exercícios?
Na verdade, nos dois casos, a dor não é muito diferente.
Por isso, é importante levantar a história clínica do paciente para determinar se a origem da dor é mecânica ou inflamatória. Se a pessoa torceu o tornozelo, que inchou e continua inflamado, obviamente a causa é mecânica e a dor é provocada por inflamação, porque líquido se formou dentro das articulações. Em outras palavras: a membrana sinovial que forra o interior da articulação começa a produzir um líquido que determina o processo inflamatório. Nos casos de Reumatismo a dor é causada por inflamação sem história de entorse, traumatismos ou esforço repetitivo. Reumatismo é uma doença que acomete crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos, e existem tipos preferenciais de acordo com a idade. A febre reumática, por exemplo, acomete principalmente crianças. O lúpus eritematoso sistêmico, uma doença auto-imune, em geral se manifesta no sexo feminino, durante a puberdade, quando ocorrem alterações hormonais em virtude da transformação do sistema endócrino. Já nas pessoas de mais idade, os tipos predominantes são, sem dúvida, a artrose e a artrite reumatóide.
Qual a diferença entre artrose e artrite reumatóide?
Em geral, a artrose aparece depois dos 50 anos e evolui progressivamente a ponto de, aos 80 anos, todas as pessoas (100%) terem uma alteração da cartilagem que, no decorrer dos anos, vai deformando as articulações. Por que algumas pessoas sentem dor e outras não, não é bem conhecido. Há quem descubra que tem bico-de-papagaio na coluna, quando tira uma radiografia por outro motivo qualquer. Do mesmo modo, pequenas deformidades nas mãos (nódulos de Heberden) próprias da artrose podem provocar muita dor ou dor nenhuma dependendo do paciente.
Já a artrite reumatóide é uma doença auto-imune que se caracteriza por inflamação que pode provocar também pequenas deformidades nas mãos. Como o sistema imunológico está envolvido no aparecimento da doença, de acordo com as características genéticas do indivíduo, sua intensidade varia para mais ou para menos.

Doenças transmissíveis pelo sangue

Doenças transmissíveis pelo sangue


As principais formas de contágio por doenças transmitidas pelo sangue são:

• Relação sexual sem uso de camisinha.
• Uso de drogas injetáveis , compartilhando agulhas e seringas.
• Transfusão de sangue não testado.
• De mãe para filho (durante a gravidez, no parto ou através do aleitamento materno) nos casos de AIDS, HTLV.
• Hepatites e Sífilis.

Tomando alguns cuidados muito simples podemos estar bem protegidos contra essas doenças:

• Use sempre camisinha nas relações sexuais (sexo vaginal, oral ou anal).
• Utilize somente agulhas e seringas descartáveis.
• Receba transfusão somente de sangue comprovadamente testado.

Hepatite B e C
São doenças causadas por vírus que contaminam o fígado, provocando uma inflamação crônica ou aguda. Aparecem com freqüência na região amazônica e os principais sintomas são dores abdominais, febre (37ºC a 39ºC), icterícia (olhos e pele amarelados) e urina escura.

O período de incubação varia entre 50 e 180 dias para a Hepatite B e, em média, de70 a 90 dias para a Hepatite C. Em muitos casos o portador do vírus pode não desenvolver a doença.

AIDS
Transmitida pelo vírus HIV, que ataca as células de defesa do organismo. Os portadores deste vírus ficam mais expostos a inúmeras doenças infecciosas que, em muitos casos, levam à morte. A Aids não se manifesta logo após a entrada do vírus no organismo. Os sintomas podem levar de 3 a 10 anos para aparecer e os principais são: emagrecimento excessivo, queda de cabelo, diarréias freqüentes e infecções de repetição, principalmente as respiratórias.

Sífilis
É uma doença infecciosa, causada pela bactéria Treponema Paladium. O período de incubação (tempo que a bactéria leva para aparecer) é de 2 a 3 semanas após o contágio. A primeira fase da sífilis é caracterizada pelo surgimento de feridas nos órgãos genitais (do homem ou da mulher). Essas feridas não doem e desaparecem mesmo sem tratamento. Sem tratamento, cerca de 6 meses depois, inicia-se a segunda fase da doença: manchas avermelhadas pelo corpo, principalmente na palma das mãos e nas plantas dos pés. Continuando sem tratamento, surge a terceira fase, causando problemas no cérebro, coração e ossos. Nesses casos, a sífilis pode causar a morte.

Malária
É uma doença causada principalmente por parasitas do gênero Plasmodium das espécies P. Vivax e P.Falciparum, transmitidos pela picada do mosquito Anopheles, que costuma estar presente em áreas de desmatamento recente.

O período de incubação da malária varia de 8 a 12 dias (P. Falciparum) ou de 12 a 16 dias (P.Vivax). Os principais sintomas da malária são febre, calafrios e dor de cabeça, que acontecem quase sempre juntos. A febre e os calafrios aparecem normalmente no mesmo horário e em dias seguidos.

Doença de Chagas
É uma doença causada pelo parasita Trypanossama Cruzi, transmitido pelo inseto conhecido como Barbeiro ou Chupança, encontrado na mata, em casas de barro e de madeira.
Muitas vezes a pessoa portadora do parasita não apresenta nenhum sintoma da doença por vários anos.
A Doença de Chagas atinge o coração e órgãos do aparelho digestivo, comprometendo o funcionamento destes órgãos.

HTLV (I e II)
É um vírus que ataca células de defesa do organismo. O HTLV, quando adquirido pode permanecer no organismo por um longo período sem causar nenhum sintoma de doença. Esse período pode ser de até 20 anos.
As doenças que podem se manifestar pela presença do HTLV I e II são doenças hematológicas (do sangue) e neurológicas (que atingem o sistema nervoso).

SANGUE: exames e principais doenças !!!!! Leia Com muita Atenção.



SANGUE: exames e principais doenças

Domingo, 10 de Junho de 2007 , Posted by kmMad at 19:13
As principais funções do sangue:
Fisiologicamente o sangue, através das mais diversas funções, faz com que a vida continue. A circulação distribui as substâncias nutritivas e o oxigénio a todas as células do organismo transportando aos órgãos excretores, tais como rins e pulmões, os resíduos dos processos metabólicos que recebe dos tecidos. O sangue tem um papel extremamente importante nas defesas imunitárias do organismo.
Quando bactérias, vírus ou outros organismos perigosos penetram no corpo os componentes do sangue expulsam rapidamente o intruso. Enfim, o sangue regula a temperatura interna distribuindo o calor em todo o organismo. O sistema de circulação de um adulto possui cerca de 96.000 quilómetros de vasos sanguíneos.
Os componentes do sangue:
Figura 1: Representação dos elementos corpusculares ou figurados (assim chamados pois podem ser vistos ao microscópio) do sangue: plaquetas, glóbulos vermelhos e glóbulos brancos.
Um organismo adulto contém em média 5 litros de sangue que circulam constantemente. Pouco mais de metade deste sangue constitui-se de plasma, substância formada por 90% de água. Aproximadamente 10% do plasma são compostos por uma miríade de substâncias transportadas pelas células e depois eliminadas: hormonas, vitaminas, minerais, glucose, proteínas, sais e resíduos.
Aproximadamente 45% do volume sanguíneo são formados de três tipos de células com várias funções: glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas.
Os glóbulos vermelhos, ou hemácias, são células em forma de disco e possuem um pigmento no qual se fixa o oxigénio: a hemoglobina. O sangue é muito vermelho quando está repleto de oxigénio. Quando a hemoglobina solta o oxigénio e enche-se de gás carbónico - o produto eliminado através das reacções orgânicas - o sangue torna-se roxo.
Figura 2: Os glóbulos vermelhos são produzidos pela medula óssea, sobretudo no esterno e nas costelas.
A hemoglobina, que contém ferro, é o principal das hemácias.
Os glóbulos brancos, ou leucócitos, são maiores do que os glóbulos vermelhos. Na realidade não são brancos, mas de cor neutra. Existem vários géneros de glóbulos brancos. Os eutrófilos defendem o organismo das bactérias. Os linfócitos executam uma tarefa imunitária: alguns têm uma memória que lhes dá a possibilidade de reconhecer os agentes infecciosos específicos; outros produzem os anticorpos que reagem ao ataque.
Os eosinófilos servem para identificar os alergéneos e outros corpos estranhos.
Os basófilos soltam substâncias que agem como anticoagulantes e ajudam na luta contra a inflamação dos vasos sanguíneos.
Os monócitos absorvem as bactérias.
As plaquetas são as mais pequenas das células sanguíneas e foram assim chamadas devido à sua forma achatada. As plaquetas levam a cabo uma tarefa importante na coagulação. Quando um vaso sanguíneo é lesionado as plaquetas aglomeram-se e aderem às paredes deste vaso. Elas produzem uma substância que atrai outras plaquetas: estas, por sua vez, aglomeram-se para formar um coágulo que estanca a hemorragia.
O funcionamento do sangue:
Figura 3: Função da hemoglobina na circulação sanguínea. Ao circular no organismo as células do sangue distribuem o oxigénio e absorvem o gás carbónico.
Uma simples gota de sangue contém 250 milhões de células produzidas pelo organismo. Os glóbulos vermelhos são produzidos pela medula óssea, um tecido esponjoso que se encontra dentro do osso. Um adulto possui em média 25.000 milhões de glóbulos vermelhos, quantidade suficiente para cobrir um campo de futebol se forem espalhados numa camada única.
Os glóbulos vermelhos são produzidos pernamentemente com um ritmo de 180 milhões por minuto. A maior parte do ferro contido nas hemácias é reciclado dentro da medula óssea e entra na composição da hemoglobina.
São necessários cerca de seis dias para fabricar um glóbulo vermelho que vive em média 120 dias. Quando o sangue atravessa os pulmões a hemoglobina enche-se de oxigénio (até quatro moléculas de oxigénio para uma de hemoglobina). O sangue oxigenado volta então para o coração que o faz circular novamente.
Todas as células do organismo são nutridas pelos capilares, os vasos mais pequenos do sistema arterial. As paredes dos capilares são muito finas e são constituídas por uma camada única de células: através destas células os glóbulos vermelhos transferem oxigénio e substâncias nutritivas aos tecidos, enquanto absorvem gás carbónico. Através do sistema capilar os glóbulos podem em seguida retornar aos pulmões onde soltam o gás carbónico e enchem-se de oxigénio.
Os glóbulos brancos são produzidos na medula óssea e nos gânglios linfáticos, no baço, no timo e nas amígdalas.
A longevidade dos glóbulos brancos varia conforme a sua natureza e as circunstâncias. Por exemplo, ao desencadear-se uma infecção, milhares destes glóbulos morrem e devem ser substituídos. O pus que se forma numa ferida é constituído de glóbulos brancos que morreram após terem destruído as bactérias.
Os glóbulos brancos, são capazes de distinguir o hóspede dos corpos estranhos, repelindo estes últimos. Este mecanismo de rejeição natural é o principal obstáculo ao êxito dos transplantes de órgãos.
A vida das plaquetas tem uma duração limitada que vai de 5 a 8 dias. Produzidas na medula óssea, as plaquetas conseguem reagir, através da coagulação, a muitas substâncias químicas.
O estudo dos componentes do sangue:
O sistema mais simples para estudar a sua composição é tirar uma amostra e examiná-la ao microscópio. É exactamente o que foi feito pela primeira vez em 1658 pelo investigador Jan Swammerdam. Hoje em dia os exames de laboratório são os mais frequentes. O sangue transporta milhares de substâncias diferentes cuja ausência, presença e concentração dão-nos informações importantes a respeito do estado do nosso organismo. Os laboratórios modernos possuem os equipamentos mais avançados que podem identificar dezenas de substâncias diversas numa pequena quantidade de sangue.
Os principais exames do sangue:
Figura 4: Ao cortar um dedo, as plaquetas afluem para a ferida e aglomeram-se até formarem um coágulo (ver amplição na figura acima). Desta maneira o corte pode fechar-se e a hemorragia estanca.
A contagem completa permite estabelecer a quantidade dos principais componentes do sangue. Equipamentos electrónicos complexos medem a concentração de hemoglobina, glóbulos vermelhos e brancos, hematrócitos e plaquetas. É o exame necessário para o diagnóstico da anemia e outras doenças.
A fórmula leucocitária é o número que se refer aos vários géneros de glóbulos brancos, expresso como percentagem do total de leucócitos. Identifica algumas infecções ou doenças das células sanguíneas.
As análises químicas do sangue estabelecem a quantidade das substâncias de cuja presença dependem o equilíbrio químico e as moléstias do metabolismo. Em geral medem-se as taxas de ureia, azoto, albumina, creatinina, ácido úrico, electrólitos, glucose, colesterol e bilirrubina.
A hemocultura é uma técnica que evidencia os micróbios acaso existentes no sangue de maneira a fazer um tratamento antibiótico correcto.
A velocidade de sedimentação é a velocidade com a qual os glóbulos vermelhos se separam do plasma e é muito útil para o diagnóstico de estados inflamatórios.
A gasometria sanguínea é o exame que mede o conteúdo de oxigénio e de gás carbónico e fornece o nível do bom funcionamento dos pulmões.
A determinação do grupo sanguíneo: A superfície dos glóbulos vermelhos está salpicada de proteínas, os antígenos, a partir das quais se determinam os quatro grupos principais do sangue: A, B, AB e O. Para fazer uma transfusão é essencial que o grupo do doador seja o mesmo do receptor.
O factor Rh é outro sistema para identificar o sangue. O sangue, além dos antígenos A e B, pode possuir um antígeno Rh. Os seus portadores são chamados de Rh positivos e, os que não o têm, de Rh negativos. Com o factor Rh os grupos sanguíneos são, portanto, oito: A+, A-, B+, B-, AB+, AB-, O+, O-.
Todas as mulheres grávidas fazem o teste para identificar o grupo sanguíneo. Se uma mãe Rh negativa estiver à espera de um filho Rh positivo, poderá fabricar anticorpos contra o sangue fetal. Isto não afecta a primeira criança mas pode´ria prejudicar o feto no caso de uma nova gravidez.
As principais doenças do sangue
As doenças do sangue podem ser adquiridas ou hereditárias; podem surgir em todos os processos que participam na formação das células sanguíneas ou nos próprios componentes do sangue.
Moléstias da coagulação: A coagulação do sangue excessiva do sangue pode provocar embolia pulmonar, ictus, paragem cardíaca. Para prevenir a formação de trombos o médico receita um remédio contra a coagulação ou pequenas doses de aspirina.
As anemias devido a carência: Existem vários géneros de anemias mas todos têm em comum a deficiência de hemoglobina. A anemia mais comum é devido a uma falta de ferro, quer por carências alimentares quer devido a hemorragia. A anemia perniciosa deve-se à deficiência de vitamina B12 causada pelo mau funcionamento do intestino que não consegue absorvê-la.
A deficiência de ácido fólico revela-se principalmente nos alcoólatras, nas pessoas de idade ou mal alimentadas.
Figura 5: A medula óssea produz 9 milhões de glóbulos vermelhos por hora. A sua carência é uma das causas da anemia.
Anemias hemolíticas: Devem-se a uma relevante redução do período de vida dos glóbulos vermelhos. Estas anemias, na maioria das vezes, são hereditárias: um defeito genético modifica o metabolismo e a estrutura das hemácias.
Hemofilia: É uma doença hereditária, transmitida da mãe para o filho. Manifesta-se quase sempre nos homens que, devido à falta de tromboquinases, uma das enzimas cogulantes, sofrem de um defeito na coagulação do sangue. Qualquer ferida, mesmo a mais pequena, pode provocar-lhes uma grave hemorragia. Até há poucos anos atrás os hemofílicos estavam condenados a uma vida de sofrimentos. Actualmente a maioria dos casos de hemofilia podem ser controlados de maneira eficaz graças à transfusão de factores de coagulação estraídos do próprio sangue humano.
Leucemia: Existem várias formas de leucemia: estas doenças são caracterizadas pela presença no sangue de um número excessivo de glóbulos brancos. Podem ser agudas ou crónicas. Algumas afectam principalmente as crianças, outras as pessoas adultas.
Até há poucos anos atrás a leucemia aguda levava à morte. A crónica também era fatal, mas os doentes conseguiam sobreviver alguns anos. Hoje em dia, a metade dos doentes com leucemia restabelece-se graças à quimioterapia combinada, às vezes, com um transplante de medula óssea.
Hematocitose: Esta doença caracetriza-se pela presença de um número excessivo de glóbulos vermelhos que aumentam o volume sanguíneo. Além disso, o sangue torna-se mais viscoso com uma grande tendência à coagulação. O tratamento consiste em tirar quantidades de sangue para reduzir o número de glóbulos vermelhos.
Septicemia: É uma infecção grave e generalizada devida à penetração de germes patógenos no sangue. Se não for tratada a septicemia é mortífera.
Anemia de hemácias com aspecto falciforme ou drepanocítica: É uma doença hereditária caracterizada pela presença de glóbulos vermelhos abnormes. A drepa é causada por um gene recessivo e para aparecer numa criança deve ser transmitida por ambos os pais. Esta patologia parece manifestar-se sobretudo na "raça" negra.
Talassemia: Trata-se de outra doença hereditária causada por um defeito na produção de hemoglobina. É comum sobretudo nos povos mediterrâneos.
Alterações dos glóbulos brancos: Uma baixa no número dos glóbulos brancos gera uma maior predisposição às infecções. Esta doença pode ficar isolada (chama-se então neutropenia) ou pode ser acompanhada de alterações dos glóbulos vermelhos.
Principais sintomas das doenças do sangue
--> cor anómala;
--> palidez, rubor pronunciado ou íctero;
--> maior viscosidade do sangue;
--> fadiga;
--> hemorragias excessivas;
--> hematomas;
--> pequenas manchas vermelhas na pele;
--> articulações inchadas e doridas;
--> falta de fôlego;
--> predisposição para as infecções.
Importante:
Muitas doenças graves como hepatite e SIDA podem ser transmitidas com o contacto sanguíneo directo. No caso de uma transfusão é necessário averiguar que o sangue seja imune a estas doenças. Na maioria dos países desenvolvidos este controlo é realizado de maneira sistemática. Um veículo para as doenças que se transmitem através do sangue podem ser as seringas contaminadas. É por esta razão que nos países desenvolvidos usam-se somente seringas descartáveis.
Nos países mais pobres, por falta de recursos, as seringas são reaproveitadas e a esterilização nem sempre é cuidadosa. É necessário, portanto, ter muito cuidado na hora de tomar uma injecção ou de fazer uma transfusão se se está a viajar no exterior. Se tiver alguma dúvida a respeito do sangue ou da seringa a serem utilizados, é melhor recusar o tratamento ou fornecer pessoalmente.