domingo, 14 de novembro de 2010

FISIOTERAPIA NO CÂNCER DE MAMA!!!!

Fisioterapia no Câncer de Mama
A fisioterapia desempenha um papel imprescindível na abordagem das pacientes mastectomizadas. Independente do tipo de cirurgia de mama, a fisioterapia precoce tem como objetivos prevenir complicações, promover adequada recuperação funcional e conseqüentemente, propiciar melhor qualidade de vida às mulheres submetidas à cirurgia para tratamento de câncer de mama

O programa de fisioterapia deve ser realizado em todas as fases do câncer da mama: pré-tratamento (diagnóstico e avaliação); durante o tratamento (quimioterapia, radioterapia, cirurgia, e hormonioterapia); após o tratamento (período de seguimento); na recidiva da doença e nos cuidados paliativos. Em cada uma dessas fases, é necessário conhecer e identificar as necessidades do paciente, os sintomas e suas causas e o impacto desses nas atividades de vida diária.

Deve ser instituído tratamento fisioterapêutico sempre que necessário, visando minimizar e prevenir as possíveis seqüelas.

Pré operatório

A atuação do fisioterapeuta pode ser iniciada no pré-operatório, objetivando conhecer as alterações pré-existentes e identificar os possíveis fatores de risco para as complicações pós-operatórias. Nesse momento as pacientes tem oportunidade de falar sobre suas ansiedades, tirar duvidas sobre curativos, pontos e movimentação do braço. Ainda no pré operatório, a notícia sobre a doença e intervenção cirúrgica, leva à paciente insconscientemente adotar posturas de tensão muscular na região do pescoço e ombros. Por isso nessa fase já é importante que o fisioterapeuta avalie a presença de alterações posturais e tensionais, avalie a força muscular dos braços e sua amplitude de movimento e oriente a paciente como será o acompanhamento no pós operatório e as possíveis complicações.

Pós operatório

O pós operatório é marcado por dificuldade na movimentação do braço e do ombro e por dor. A paciente terá dificuldade de encostar a mão na nuca, vestir suas blusas, escovar os cabelos, abotoar o sutiã. Essa limitação é causada pela dor ocasionada devido à tração da pele e dos músculos da axila, do tórax e do braço e devido à manipulação cirúrgica. Poderão aparecer sensações de peso nos braços, formigamento, queimação ou dormência.

O objetivo da fisioterapia é restabelecer brevemente a função de braço, prevenir complicações respiratórias, diminuir a dor e prevenir a formação de linfedema, cicatrizes, fibroses e aderências. Para isto você deve seguir corretamente as orientações fornecidas pelo seu fisioterapeuta e realizar os exercícios propostos por ele.

O pós-operatório imediato é o período logo após o término da cirurgia, nessa fase objetiva-se identificar alterações neurológicas ocorridas durante o ato operatório, presença de sintomatologias álgicas, edema linfático precoce e alterações na dinâmica respiratória. O fisioterapeuta irá orientá-la a posicionar o braço na cama com o auxílio de travesseiros e já iniciam-se alguns exercícios leves para o braço e exercícios respiratórios. Nessa fase os exercícios respiratórios são muito importantes, eles te ajudarão a recuperar a função pulmonar e prevenir complicações respiratórias. Nessa fase ainda, o fisioterapeuta lhe ensinará a fazer a automassagem, que é uma drenagem linfatica que você mesmo fará no seu corpo e ajudará a prevenir a presença de inchaço no braço.

Até o 15º dia após a cirurgia, provavelmente você ainda estará com o dreno aspirativo e com os pontos, portanto você não deve levantar o braço acima de 90º para que a ferida operatória não abra. Se não houver complicações pós operatórias em alguns dias você estará de alta hospitalar, e irá para casa com os pontos e com os drenos, não se esqueça que os cuidados e a automassagem devem continuar sendo feitos em casa.

Após o 15º dia de operação, sem complicações pós operatórias, serão retirados alguns pontos e o dreno. A movimentação total dos braços agora será liberada. Essa é a fase em que você será encaminhada para o consultório de fisioterapia. Alguns lugares oferecem tratamento em grupo. Serão realizados exercícios de alongamento, exercícios para ganho de força muscular e amplitude de movimento e técnicas de drenagem linfática.

A reabilitação precoce pós mastectomia proporciona ganhos na movimentação do braço, previne aderências e deformidades. O breve restabelecimento funcional do ombro e braço darão condições para você prosseguir com o seu tratamento.

Complicações no Pós Operatório de Mama

Em qualquer procedimento cirúrgico quando obtém-se qualquer resultado outro, que não o desejado, pode-se dizer que ocorreu uma complicação. Esta definição apesar de inespecífica e genérica, deve ser conhecida por todos profissionais da área da saúde e inclusive por você, para que ao notá-las possa procurar auxílio e orientação o quanto antes.

Independentemente do tipo e da abordagem cirúrgica adotada elas podem ocorrer em até 60% dos casos. Algumas delas podem ocorrer no pós operatório imediato como: dor, seroma, necrose de tecido, deiscência de feridas, fraqueza no braço, alteração de sensibilidade, infecções, complicações respiratórias e circulatórias e problemas de cicatrização e outras podem advir no pós operatório tardio como disfunção do ombro e cintura escapular, retrações e aderências, linfedema, encarceramento nervoso, dor/mama fantasma e alterações posturais. A fisioterapia assume um papel fundamental na prevenção, diminuição e resolução dessas complicações.

A dor será decorrente da manipulação cirúrgica, devido à presença da ferida operatória e tração de tecidos circunjacentes à cirurgia. Ela é tolerável, porém seu médico poderá prescrever-lhe analgésicos e a fisioterapia conta com o auxílio do TENS, que é aquele “choquinho” que ajuda a tirar a dor. Infecções são percebidas através de exames laboratoriais e presença de vermelhidão, calor, dor e turgor no local da ferida operatória, o tratamento será prescrito pelo seu médico, geralmente com antibióticos. Problemas relacionados com abertura de ferida ou necrose de tecido também seu médico a avaliará e escolherá a melhor conduta. Alteração de sensibilidade, como sensação de queimação, peso e formigamento, são comuns nos primeiros dias devido manipulação de nervos, porém algumas cirurgias podem comprometer o plexo nervoso e isso pode tornar-se permanente na axila e face interna do braço .A fisioterapia utiliza-se de técnicas para o estímulo nervoso dessas áreas e dessensibilização da pele com gelo, diferentes tipo de texturas e também com eletroterapia.

Seroma é a mistura de plasma com líquido linfático, é a complicação mais comum e pode aparecer em espaços abaixo da pele quando a circulação linfática está deficiente, especialmente em mastectomias. O tratamento é feito pelo médico através de punções.

A fraqueza no braços ocorre pela restrição na movimentação durante as primeiras semanas de pós operatório, como também pela ressecção de algumas estruturas musculares ou presença de complicações. A fisioterapia deve ser iniciada o quanto antes para reversão desse quadro.

Por último, mas não menos importante, as alterações respiratórias são decorrentes do uso de anestesia geral, tempo de cirurgia, inatividade, respiração curtinha devido presença de dor, por vezes comprometimento da pleura durante a cirurgia necessitando de um dreno torácico. Todas essas situações levam à diminuição da ventilação pulmonar e podem acumular secreção, que podem favorecer o aparecimento de pneumonias. Por isso é muito importante realizar fisioterapia respiratória, com técnicas de expansão pulmonar e higiene brônquica.

Passados algumas semanas, entramos na fase tardia da cirurgia. Nessa fase podemos observar alterações funcionais da cintura escapular e do ombro decorrentes de lesões nervosas, nesse caso a paciente ficará com dificuldades de movimentar os músculos em volta do osso da escápula (omoplata), movimentos como levantar, abrir os braços e encostar a mão nas costas ficarão prejudicados. Presença de aderências e fibroses na cirurgia também levam à limitação de movimentação do braço. A fisioterapia dispõe de recursos manipulativos, como técnicas de massagem e uso de aparelhos que previnem a formação dessas aderências e fibroses, desde que realizadas precocemente, uma vez instaladas é mais difícil tratá-las.

A dor ou presença de mama fantasma, são sintomas que a paciente refere sentir no local onde foi retirada a mama. É comum sentir a presença da mama como se ainda estivesse ali, junto com dores, agulhadas, formigamentos entre outros sintomas. O tratamento envolve psicoterapia e fisioterapia. Na fisioterapia utilizamos eletroterapia, acupuntura, técnicas de massagem e dessensibilização da região.

A presença de alterações posturais e dores na coluna não são incomuns. A retirada da mama acarreta um desequilíbrio no peso do eixo da coluna, um lado fica mais pesado que o outro levando à desvios posturais. Podem ser realizados exercícios específicos e técnicas de tratamento posturais como RPG, Pilates e Iso Stretching. Deve ser providenciado uma prótese mamária externa disponível comercialmente. O objetivo da prótese externa de mama é suprir a falta da mama, compensando o volume retirado; possuindo extrema importância do ponto de vista psicológico e ortopédico, proporcionando equilíbrio estático da coluna, evitando contraturas musculares na região cervical e na cintura escapular. A colocação da prótese dentro do sutiã logo após a cicatrização da cirurgia previne as dores na coluna e desvios posturais.

As complicações cirúrgicas de mama realmente podem existir como em qualquer outro procedimento cirúrgico, porém elas podem ser identificadas e tratadas. A fisioterapia em oncologia é sua aliada. Consulte sempre um fisioterapeuta especialista.

CUIDADOS QUE DEVEMOS TER COM O DRENO!!!!

Colocação e cuidados com o dreno
Geralmente, a manipulação cirúrgica exige a colocação de um dreno no local da cirurgia, que deve ser mantido por tempo variável, para a eliminação dos fluidos que naturalmente são produzidos pelo organismo após um corte, o que evita a formação de hematomas ou seromas. Se a cirurgia é extensa, utilizamos um dreno a vácuo.

O dreno a vácuo tem acoplada uma pequena bolsa, onde fica armazenada a secreção drenada, que precisa ser esvaziada a cada 24 horas e lavada apenas com água. Nas cirurgias de pequena extensão utilizamos um dreno simples e o local fica protegido por um curativo feito com gaze e esparadrapo antialérgico (micropore). Qualquer que seja o dreno utilizado, a região operada deve ser lavada com água e sabonete diariamente. Normalmente, não é necessário colocar qualquer outro medicamento na ferida cirúrgica. Nessa fase, a paciente deve estar usando antibioticoterapia oral .O curativo de gaze e esparadrapo também deve ser trocado diariamente.A secreção eliminada pelo dreno deve ser observada pela paciente. Quando se usa a bolsinha, a secreção deve ser medida antes do esvaziamento e os dados, anotados, devem ser levados ao médico na próxima consulta.

Nas pequenas cirurgias, basta observar a quantidade de líquido eliminado na gaze do curativo. Quando a quantidade de sangue for muito grande, a ponto de encharcar o curativo várias vezes ao dia, a paciente deve se comunicar com o médico. Um top de lycra bem justo é excelente para ajudar na prevenção de hematomas, além de fixar as mamas, diminuindo a dor.

Em geral, o período até a retirada do dreno – que é feita pelo médico – transcorre sem problemas. O importante é estar atento à quantidade de secreção sanguinolenta eliminada, que não deve ser muito grande (menor que 150 ml/24h) ou ao aspecto e odor da secreção, que normalmente é fluida e não deve ser amarela espessa (purulenta) ou mau cheirosa.

Os drenos simples são retirados no máximo em 2 dias, mas aqueles a vácuo podem ficar de uma semana a um mês, dependendo da drenagem. Devem ser retirados quando drenarem menos do que 20 ml em 24h.

É importante lembrar que, mesmo com o dreno, é preciso movimentar o braço do lado operado, especialmente após cirurgias com esvaziamento axilar ou biópsia do linfonodo sentinela. Esses exercícios feitos de maneira adequada e progressivamente evitam seqüelas futuras, como a fibrose, que provoca restrição de movimentos e linfedema (inchaço do braço do lado operado). A orientação deve ser feita por fisioterapêuta especializado ou mesmo pelo médico. O ideal seria que todos os pacientes tivessem oportunidade de um acompanhamento com fisioterapêuta especialista nessa área. A drenagem linfática feita adequadamente e no momento oportuno previne o linfedema.Os pontos podem ser retirados a partir de uma semana da data da cirurgia. Nas grandes cirurgias são retirados aos poucos, de forma intercalada.

TRATAMENTO CIRURGICO DA MAMA!!!!!

Tratamento Cirúrgico do Câncer de Mama
Exérese de nódulo mamário, Tumorectomia ou Lumpectomia

Consiste na retirada cirúrgica completa de um ou mais nódulos mamários, a fim de esclarecimento diagnóstico. Se o nódulo não for palpável, utiliza-se a marcação prévia com fio guia metálico ou com substâncias marcadas com tecnécio (cirurgia radioguiada - ROLL), para orientar o cirurgião.

Setorectomia

Retirada de um setor mamário contendo a lesão diagnosticada por métodos de imagem (mamografia e/ou ultrassonografia), palpável ou não. Nesse caso, retira-se uma pequena quantidade de tecido mamário normal ao redor da lesão, garantindo sua retirada completa, com margem de segurança. Da mesma forma, se a lesão não for palpável, utiliza-se a marcação prévia com fio guia metálico ou ROLL, para orientar o cirurgião.

Ressecção Parcial ou Única de Ducto

Retirada de ducto(s) identificado(s) por coloração através de sua cateterização e injeção de corante. Tal cirurgia é indicada nos casos de secreção papilar patológica.

Ressecção Total do Sistema Ductal

Retirada de toda a árvore ductal abaixo da aréola e papila, até uma profundidade de 2 cm. Indicada em alguns casos de infecção recidivante (mastite periductal).

Biópsia de Congelação

Retirada da lesão mamária, para estudo imediato pelo médico patologista, durante o ato cirúrgico. Tem como objetivo diferenciar lesões benignas de malignas, para que o tratamento cirúrgico adequado seja instituído imediatamente.

Quadrantectomia

Retirada de um setor mamário amplo, que pode corresponder a um quarto da mama, incluindo a pele correspondente e a fáscia do músculo peitoral maior subjascente. Normalmente é indicada em casos de lesões malignas relativamente pequenas (até 2 cm) ou após a diminuição da lesão por quimioterapia prévia. Há preservação da aréola e mamilo. Pode ou não ser acompanhada de esvaziamento axilar, porém a retirada do linfonodo sentinela para estudo frequentemente é simultânea.

Sempre que a quadrantectomia é indicada para o tratamento do câncer de mama, a radioterapia complementar é mandatória.

Mastectomia Simples ou Total

Retirada completa da glândula mamária, fáscia do músculo peitoral maior subjascente, incluindo pele, aréola e mamilo, porém sem esvaziamento axilar. Normalmente indicada em casos de carcinoma avançado da mama, paliativamente ou higienicamente, quando ulcerado ou infectado. Pode ter indicação em alguns casos de doença benigna muito extensa.

Mastectomia Radical a Halsted

Retirada completa da glândula mamária, incluindo pele, aréola, mamilo e músculos peitorais, além do esvaziamento axilar. Hoje é pouco utilizada, pois sua indicação se restringe a doenças malignas avançadas, que comprometem o músculo peitoral maior, localizado logo atrás da mama, no tórax.

Mastectomia Radical Modificada a Patey ou a Madden-Auchinclos

Retirada completa da glândula mamária, fáscia do músculo peitoral maior subjascente, incluindo pele, aréola, mamilo, com a preservação de um ou ambos os músculos peitorais, além da biópsia do linfonodo sentinela ou esvaziamento axilar. Indicada em casos de tumores malignos relativamente grandes que não acometem o músculo peitoral maior, ou tumores pequenos, porém múltiplos na mesma mama ou ainda quando a quadrantectomia não consegue um bom resultado estético.

Biópsia do Linfonodo Sentinela (LS)

Retirada do primeiro linfonodo axilar, conhecido como linfonodo sentinela, para o qual drenam os vasos linfáticos provindos da mama afetada e, portanto o primeiro a abrigar células metastáticas oriundas do tumor. Pode-se fazer a marcação prévia do mesmo com tecnécio, cuja captação é feita com a ajuda de um gama-probe durante a cirurgia ou marcação através da injeção de substância azul no momento da cirurgia. O linfonodo retirado é imediatamente analisado pelo patologista. O objetivo é saber se está ou não comprometido pelo tumor. Em caso afirmativo, prossegue-se com o esvaziamento axilar completo. Se o LS é negativo não há necessidade de realizar o esvaziamento completo.

Esvaziamento ou Linfadenectomia Axilar Completo (a)

Retirada dos linfonodos axilares (níveis 1, 2 e 3), para análise histológica.Normalmente é realizado quando há comprometimento do linfonodo sentinela, avaliado no início da cirurgia.Foi por muito tempo o procedimento padrão de abordagem da axila, sendo informativo e terapêutico.O comprometimento dos linfonodos axilares por doença maligna da mama, normalmente, indica tratamento adjuvante com quimioterapia.

Adenomastectomia Subcutânea ou Adenectomia ou Mastectomia Subcutânea

Retirada de toda glândula mamária, preservando-se a pele, aréola e mamilo. Normalmente, coloca-se prótese de silicone imediatamente, a fim de preencher o espaço antes ocupado pela glândula mamária retirada. Muitas vezes é indicada para tratar lesões precursoras multifocais (vários focos na mesma mama de lesões benignas que precedem o câncer).

Tem sido indicada com critério para redução do risco para câncer de mama em pacientes do grupo de alto risco (Adenomastectomia Profilática).Pode ser realizada em homens portadores de ginecomastia (aparecimento de glândula mamária em pacientes do sexo masculino).

RADIOTERAPIA!!!

A radioterapia é um método capaz de destruir células tumorais, empregando feixe de radiações ionizantes. Uma dose pré-calculada de radiação é aplicada, em um determinado tempo, a um volume de tecido que engloba o tumor, buscando erradicar todas as células tumorais, com o menor dano possível às células normais circunvizinhas, à custa das quais se fará a regeneração da área irradiada.

As radiações ionizantes são eletromagnéticas ou corpusculares e carregam energia. Ao interagirem com os tecidos, dão origem a elétrons rápidos que ionizam o meio e criam efeitos químicos como a hidrólise da água e a ruptura das cadeias de ADN. A morte celular pode ocorrer então por variados mecanismos, desde a inativação de sistemas vitais para a célula até sua incapacidade de reprodução.

A resposta dos tecidos às radiações depende de diversos fatores, tais como a sensibilidade do tumor à radiação, sua localização e oxigenação, assim como a qualidade e a quantidade da radiação e o tempo total em que ela é administrada.

Para que o efeito biológico atinja maior número de células neoplásicas e a tolerância dos tecidos normais seja respeitada, a dose total de radiação a ser administrada é habitualmente fracionada em doses diárias iguais, quando se usa a terapia externa.


Radiossensibilidade e radiocurabilidade
A velocidade da regressão tumoral representa o grau de sensibilidade que o tumor apresenta às radiações. Depende fundamentalmente da sua origem celular, do seu grau de diferenciação, da oxigenação e da forma clínica de apresentação. A maioria dos tumores radiossensíveis são radiocuráveis. Entretanto, alguns se disseminam independentemente do controle local; outros apresentam sensibilidade tão próxima à dos tecidos normais, que esta impede a aplicação da dose de erradicação. A curabilidade local só é atingida quando a dose de radiação aplicada é letal para todas as células tumorais, mas não ultrapassa a tolerância dos tecidos normais.



Indicações da radioterapia
Como a radioterapia é um método de tratamento local e/ou regional, pode ser indicada de forma exclusiva ou associada aos outros métodos terapêuticos. Em combinação com a cirurgia, poderá ser pré-, per- ou pós-operatória. Também pode ser indicada antes, durante ou logo após a quimioterapia.

A radioterapia pode ser radical (ou curativa), quando se busca a cura total do tumor; remissiva, quando o objetivo é apenas a redução tumoral; profilática, quando se trata a doença em fase subclínica, isto é, não há volume tumoral presente, mas possíveis células neoplásicas dispersas; paliativa, quando se busca a remissão de sintomas tais como dor intensa, sangramento e compressão de órgãos; e ablativa, quando se administra a radiação para suprimir a função de um órgão, como, por exemplo, o ovário, para se obter a castração actínica.


Fontes de energia e suas aplicações

São várias as fontes de energia utilizadas na radioterapia. Há aparelhos que geram radiação a partir da energia elétrica, liberando raios X e elétrons, ou a partir de fontes de isótopo radioativo, como, por exemplo, pastilhas de cobalto, as quais geram raios gama. Esses aparelhos são usados como fontes externas, mantendo distâncias da pele que variam de 1 centímetro a 1 metro (teleterapia). Estas técnicas constituem a radioterapia clínica e se prestam para tratamento de lesões superficiais, semiprofundas ou profundas, dependendo da qualidade da radiação gerada pelo equipamento.
Os isótopos radioativos (cobalto, césio, irídio etc.) ou sais de rádio são utilizados sob a forma de tubos, agulhas, fios, sementes ou placas e geram radiações, habitualmente gama, de diferentes energias, dependendo do elemento radioativo empregado. São aplicados, na maior parte das vezes, de forma intersticial ou intracavitária, constituindo-se na radioterapia cirúrgica, também conhecida por braquiterapia.
No quadro abaixo estão relacionadas as diversas fontes usadas na radioterapia e os seus tipos de radiação gerada, energias e métodos de aplicação.

As unidades internacionalmente utilizadas para medir as quantidades de radiação são o röentgen e o gray. O röentgen (R) é a unidade que mede o número de ionizações desencadeadas no ar ambiental pela passagem de uma certa quantidade de radiação. Já o gray expressa a dose de radiação absorvida por qualquer material ou tecido humano. Um gray (Gy) corresponde a 100 centigrays (cGy).


Efeitos adversos da radioterapia
Normalmente, os efeitos das radiações são bem tolerados, desde que sejam respeitados os princípios de dose total de tratamento e a aplicação fracionada.

Os efeitos colaterais podem ser classificados em imediatos e tardios.
Os efeitos imediatos são observados nos tecidos que apresentam maior capacidade proliferativa, como as gônadas, a epiderme, as mucosas dos tratos digestivo, urinário e genital, e a medula óssea. Eles ocorrem somente se estes tecidos estiverem incluídos no campo de irradiação e podem ser potencializados pela administração simultânea de quimioterápicos. Manifestam-se clinicamente por anovulação ou azoospermia, epitelites, mucosites e mielodepressão (leucopenia e plaquetopenia) e devem ser tratados sintomaticamente, pois geralmente são bem tolerados e reversíveis.
Os efeitos tardios são raros e ocorrem quando as doses de tolerância dos tecidos normais são ultrapassadas. Os efeitos tardios manifestam-se por atrofias e fibroses. As alterações de caráter genético e o desenvolvimento de outros tumores malignos são raramente observados.
Todos os tecidos podem ser afetados, em graus variados, pelas radiações. Normalmente, os efeitos se relacionam com a dose total absorvida e com o fracionamento utilizado. A cirurgia e a quimioterapia podem contribuir para o agravamento destes efeitos.
Fonte Tipo de radiação Energia Método de aplicação
Contatoterapia Raios X (superficial) 10 - 60 kV Terapia superficial
Roentgenterapia Raios X (ortovoltagem) 100 - 300 kV Terapia semiprofunda
Unidade de cobalto Raios gama 1,25 MeV Teleterapia profunda
Acelerador linear Raios X de alta energia e elétrons* 1,5 - 40 MeV Teleterapia profunda
Isótopos radioativos Raios gama e/ou beta Variável conforme o isótopo utilizado Braquiterapia

QUIMIOTERAPIA!!!!

Quimioterapia
 
É o tratamento com utilização de medicamentos denominados quimioterápicos, cuja função
é atuar nas células dos tumores, destruindo-os ou controlando o seu desenvolvimento, interferindo assim no crescimento e multiplicação desordenada das células anormais do câncer.
O médico oncologista indicará cirurgia ou não dependendo do tipo de tumor, localização
e estágio da doença, e irá prescrever a quimioterapia antes ou após a cirurgia.   
Se houver indicação de radioterapia, que é outra forma de tratamento da doença,
a quimioterapia pode ser ministrada ao mesmo tempo, antes ou depois.
A quimioterapia pode ser administrada por via oral, intramuscular ou intravenosa, que é a
mais comum, diluída em solução fisiologia (soro) e indolor, exceto a picada da agulha na veia. Pode, também, causar inúmeros efeitos secundários, como aumento de peso, queda de cabelos, náuseas e falta de apetite, anemia e fadiga, dentre outros.
Ela pode ser: Curativa (para se erradicar totalmente o tumor); Adjuvante (para prevenir-se espalhamento das células tumorais pelo organismo, sendo normalmente usada após cirurgia curativa); Prévia (para reduzir o tumor a ser operado ou aplicar-se a radioterapia);
e Paliativa (que não é para curar, mas para dar uma qualidade de vida satisfatória ao doente).

ENTENDENDO O CÂNCER!!!

Equipe Oncoguia
Última atualização: 26/01/2010

O corpo humano é formado por milhões de células que se reproduzem através de um processo chamado divisão celular.

Em condições normais, esse processo é ordenado e controlado e é responsável pela formação, crescimento e regeneração dos tecidos saudáveis do corpo.

Em contrapartida, existem situações nas quais estas células, por razões variadas, sofrem uma “metamorfose” tecnicamente chamada de carcinogênese, e assumem características aberrantes quando comparadas com as células normais.

Essas células perdem a capacidade de limitar e controlar o seu próprio crescimento passando, então, a multiplicarem-se muito rapidamente e sem nenhum controle.

O resultado desse processo desordenado de crescimento celular é uma produção em excesso dos tecidos do corpo (que podem ser processos inflamatórios, infecciosos ou mesmo os crescimentos celulares benignos), formando o que se conhece como tumor.

Podemos dividir os tumores em:

Tumor BenignoAs células deste tumor crescem lentamente e são diferenciadas (semelhantes às do tecido normal). Geralmente podem ser removidos totalmente através de cirurgia e na maioria dos casos não tornam a crescer.

Tumor Maligno
As células deste tumor crescem rapidamente, têm um aspecto indiferenciado e a capacidade de invadir estruturas próximas e espalhar-se para diversas regiões do organismo. É considerado câncer.

Em outras palavras...

O Câncer, também conhecido como tumor maligno, pode ser definido como um grupo de doenças que tem como característica central o crescimento desordenado das células do nosso corpo.

O câncer detém o poder de matar por invasão destrutiva os órgãos normais, pois não respeita as mais básicas regras de “convivência social” entre as células e cresce demais, ocupando o espaço de seus vizinhos, sufocando-os. Ele detém a propriedade de se disseminar através da corrente sanguínea e dos vasos linfáticos, produzindo as chamadas metástases, que na verdade são uma espécie de “filial” do tumor primário, em outro órgão ou tecido.

A metástase também pode invadir órgãos e tecidos circunvizinhos por continuidade, impondo severos danos a estes órgãos e tecidos. O comportamento anormal das células cancerosas é geralmente espelhado por mutações nos genes das células, ou secreção anormal de hormônios ou enzimas.

A maioria dos cânceres invadem ou se tornam metastáticos, mas cada tipo específico tem características clínicas e biológicas, que devem ser estudadas para um adequado diagnóstico, tratamento e seguimento. Resumindo, cada caso é um caso.

Ainda com relação ao câncer...

Devido as diferentes células existentes e componentes do corpo humano, o câncer pode se apresentar de diferentes tipos. Podemos então, dividi-los em tumores sólidos e neoplasias hematológicas. 

Tumores Sólidos

     Carcinoma – o câncer se origina nos tecidos epiteliais, ou seja, aqueles cuja função é o revestimento ou a formação das glândulas. (Exemplos de revestimento: pele, mucosa das vias aéreas, mucosa do tubo digestivo e exemplos de glândulas: tireóide, mama e próstata).

     Sarcoma – são definidos por sua origem embrionária, ou seja, aquelas classificadas de acordo com a formação do órgão durante a fase de embrião. Nas fases iniciais do desenvolvimento de um embrião, ocorre uma diferenciação nas células que se dispõem em camadas. Essas camadas evoluem para formar os diversos tecidos e órgãos do corpo.

A mesoderme, que é a camada intermediária, dá origem aos ossos, músculos, gorduras, tendões e vasos sanguíneos.

     Melanoma – são formados por células pigmentadas da pele.

     Tumores de células germinativas – se originam nas células reprodutoras (testículos e ovários).

     Tumores de Sistema Nervoso 

Neoplasias Hematológicas
 
São doenças malignas com origem nas células do sangue e que desde o seu início já não costumam estar restritas a uma única região do corpo, manifestando-se em várias partes do corpo sem respeitar barreiras anatômicas. Os órgãos mais freqüentemente envolvidos neste processo são: sangue, medula óssea, gânglios linfáticos, baço e fígado.

Neoplasia - de origem grega, a palavra neoplasia "neo" + "plasis" significa, ao pé da letra: nova proliferação; novo tecido. É o nome de um processo patológico que resulta no desenvolvimento de um neoplasma (crescimento anormal, incontrolado e progressivo de tecido, mediante proliferação celular). No organismo, podem ser encontradas formas de crescimento celular controladas e não controladas, sem causa aparente. Como exemplos de crescimento controlado temos a hiperplasia, a metaplasia e a displasia. As neoplasias correspondem às formas de crescimento não controladas e são chamadas tumores. Neoplasia é também ocrescimento de um tecido neoformado capaz de invadir os tecidos adjacentes e reproduzir-se à distância (metastização). O crescimento é devido ao desequilíbrio entre a proliferação e a morte celular dando origem a células cancerígenas. A definição de neoplasia se baseia na morfologia e na biologia do processo do tumor. Com a evolução do conhecimento, a definição se modifica. Atualmente, a mais aceita é:
"Neoplasia é uma proliferação anormal do tecido, que foge parcial ou totalmente ao controle do organismo e tende à autonomia e à perpetuação, com efeitos agressivos sobre o hospedeiro" (Pérez-Tamayo, 1987; Robbins, 1984).

Várias classificações já foram propostas para as neoplasias. A mais utilizada leva em conta dois aspectos básicos: o comportamento biológico e a histogênese do tumor. Segundo o comportamento biológico, os tumores podem ser agrupados em três tipos: benignos, limítrofes (ou "bordeline") e malignos. Um dos pontos mais importantes no estudo das neoplasias é estabelecer os critérios de diferenciação entre cada uma destas lesões, o que, algumas vezes, torna-se difícil.

Os tumores benignos tendem a apresentar crescimento lento e expansivo determinando a compressão dos tecidos vizinhos, o que leva a formação de uma pseudocápsula fibrosa. Já nos casos dos tumores malignos, o crescimento rápido, desordenado, infiltrativo e destrutivo não permite a formação desta pseudocápsula; mesmo que ela se encontre presente, não deve ser equivocadamente considerada como tal, e sim como tecido maligno

MINHA VITÓRIA!!!!!!!!!!!!!!!


como é bom viver !!!

simplismente eu!!!!!