domingo, 10 de fevereiro de 2013

3ª Parte RASTREAMENTO:


RASTREAMENTO:
O exame citológico com técnica de Papanicolaou é recomendado para todas
as mulheres sexualmente ativas independentemente da idade. O INTERVALO entre as
coletas de citologia de rotina deverá ser anual. Há consenso de que mulheres com 3
exames anuais negativos e sem os fatores de risco, o rastreamento nestes casos, poderá
ser a cada 3 anos. É de suma importância que no Laudo Citopatológico o patologista
recomende condutas e controles em casos específicos e até mesmo à disponibilidade
para discutir as condutas.
A COLETA dos esfregaços é técnica fundamental para que se obtenha
elementos representativos para a análise segura e deverá obrigatoriamente conter células
do canal endocervical (JEC). Portanto, deverá ser realizada a partir do colo com
espátula de Ayre e do canal com escova própria (citobush) e o material deve ser
colocado homogeneamente (no mesmo sentido) em lâmina única, dividindo o espaço na
lâmina (2.5 cm para cada representação).
A FIXAÇÃO do material na lâmina tem objetivo também de preservação
das estruturas celulares e deverá ser realizada logo após a coleta, devendo ser usado
como fixador o alcool 95% ou o fixador em gel spray, facilitando o transporte.
A IDENTIFICAÇÃO prévia da lâmina e o preenchimento completo da
ficha da requisição do exame citopatológico, com observações do profissional que
coletou é passo indispensável para melhorar a acuidade do exame.
CONDUTAS:
As pacientes com diagnóstico de ALTERAÇÕES CELULARES
BENIGNAS com processo inflamatório deverão ser tratadas conforme o agente
microbiológico (DST’s), considerando e orientando a importância da flora vaginal como
meio natural de defesa por manter Ph ácido e, portanto hostil a germes oportunistas.
As pacientes com diagnostico de CÉLULAS ATÍPICAS DE
SIGNIFICADO INDETERMINADO (ASCUS e AGUS), o citopatologista deverá
indicar o controle (tratar e repetir, colposcopia, semestral etc,), sempre cabendo ao
médico clinico o tratamento de agentes infecciosos (DST´s) ou tratamento local
hormonal e posterior nova coleta. Nos casos em que, a COLPOSCOPIA apresenta
imagens menores conclusivas indica-se o procedimento, “VER E TRATAR”, e na
presença de lesões colposcópicas maiores, a conduta é a BIÓPSIA; em casos específicos
pesquisar o HPV por meio da captura híbrida. Há de considerar a idade, paridade e
consentimento da paciente para indicar a conduta ablativa (mini cone, conização ou
traquelectomia).
A presença de células glandulares atípicas de origem indefinida (AGUS),
indica a necessidade de investigação do canal endocerival, endometrial e região anexial.
Além do exame de ultrassonografia, é imperioso o estudo anato patológico pela
curetagem uterina seletiva.(sendo curetado, fixado e identificado separadamente).

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