segunda-feira, 24 de setembro de 2012

GESTO MAIS LINDO DO MUNDO, SIGAM O EXEMPLO SALVE VIDAS!!!


Gêmeas se oferecem para doar rins para irmãos também gêmeos

Dois rapazes gêmeos, idênticos, descobrem que têm um grave problema nos rins. Os dois precisam de transplante. E as irmãs mais velhas, também gêmeas idênticas, se oferecem para doar os órgãos.
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Dois irmãos a caminho de uma cirurgia que pode mudar a vida deles. “Espero que a gente saia daqui com muita saúde. Eu e ela. Ela vivendo a vida dela e eu vivendo a minha vida”, diz Fabio, antes de entrar no centro cirúrgico.

É o final feliz que eles esperam para o drama que começou há um ano. “Eu comecei a sentir um incômodo, uma dor assim, uma pressão na nuca”, conta Fábio. Depois de vários exames, Fábio descobriu que tinha um problema grave nos rins. “Descobriu meu rim já tava com 70% já falhando já”, conta.

O irmão gêmeo dele, Fabiano, foi o primeiro a saber do resultado. “Vou ter que fazer os exames também, numa dessa eu não tenho nada, eu posso ter também”, conta Fabiano Gomes da Silva, supervisor administrativo.

E tinha. Os rins de Fabiano também estavam muito comprometidos.

Qual foi a tua reação? “De, assim de não poder ter ajudado ele, na verdade, porque...”, Fabiano diz que gostaria de ser o doador se fosse o caso.

A saída era o transplante. E a esperança estava bem ao lado - nas irmãs mais velhas, Silvana e Luciane, também gêmeas idênticas.

“Eu já falei na hora, falei assim "se tiver que fazer o transplante eu quero ser a doadora", conta Luciane Gomes da Silva, professora.

“Eu falei "o que eu vou poder ajudar? Eu vou poder doar meu rim pra ele", conta Silvana Gomes da Silva, professora.

Se não encontrassem doadores na família, os gêmeos teriam que entrar na fila de transplantes. Mas não foi preciso. Os testes revelaram que as irmãs eram compatíveis.

“Quando há um laço familiar, a compatibilidade é muito melhor, quanto melhor a compatibilidade entre eles, a chance de sucesso com o transplante é muito maior”, afirma José Francisco da Silveira, coordenador de transplantes Santa Casa de Maringá.

Tudo acertado, só faltava definir as duplas: quem doaria pra quem? A solução foi voltar no tempo, lembrar das brincadeiras de infância.

Quando as meninas brincavam de casinha, faziam de conta que os irmãos bebês eram filhos.
Silvana cuidava do Fábio e Luciane, do Fabiano.

“A gente tinha que cuidar deles, então, pra brincar, a gente falou então, eu vou cuidar sempre do Fabiano, você cuida sempre do Fábio”, conta Luciane.

“Como era uma diferença de sete anos de idade, e é dois irmãos e duas irmãs, elas mais velhas, então elas, uma cuidava de um e uma cuidava do outro”, conta Fábio.

Na hora de definir a ordem das cirurgias, o critério foi o estado de saúde dos gêmeos. Com os rins um pouco mais comprometidos, o Fábio vai fazer o transplante primeiro.

A internação foi na última quarta-feira. Fábio chegou ao hospital ansioso. Devagarzinho foi baixando a angústia. “Já tô bem mais tranqüilo”, diz ele.

Silvana estava num quarto na mesma ala. “Se pudesse ser hoje pra mim era melhor”, diz Silvana. O conforto veio num abraço do Fábio.

Silvana - Te amo muito, tá?
Fabio - Obrigado, tá?

Quinta-feira, quase uma hora da tarde. Chegou a hora. Fábio e Silvana são levados para o transplante.

Por causa do risco de contaminação lá dentro, o Fantástico não foi autorizado a acompanhar as cirurgias que serão feitas por 2 equipes médicas.

Os irmãos serão operados quase que ao mesmo tempo, em salas que ficam frente a frente. O rim esquerdo de Silvana será retirado e, em seguida, colocado no lado direito do corpo de Fábio. Os médicos optaram por deixar os rins doentes porque eles não ofereciam nenhum risco de infecção.

Na sala de espera, a hora parece que não passa. “A gente tá aqui a todo momento esperando uma notícia”, diz a mulher do Fábio.

Sete horas depois, Silvana surge no corredor. E recebe o carinho de Fabiano. “Deu pra dar só um tchauzinho pra ela, mas ela já deu um sinal falou que tá tudo bem, então, já deixa a gente mais animado, confiante”, diz Fabiano.

Agora, a espera é por notícias de Fábio. Na porta do centro cirúrgico, a mãe, Dona Maria, não segura a ansiedade. Até que o filho aparece, depois de oito horas lá dentro.

“Agora eu to mais aliviada, acabou aquele nervoso um pouco”, conta a mãe dos gêmeos.

Fábio é levado direto para um quarto onde vai receber cuidados especiais.

“Um paciente jovem, ele tem uma chance muito grande de retornar à sua atividade de trabalho”, diz o médico.

Agora, a família torce para o transplante da outra dupla de irmãos, Fabiano e Luciane. A data ainda não foi marcada. Segundo os médicos, Fábio se recupera bem. Por enquanto ele não pode receber visitas, mas mandou uma mensagem pelo celular: “Brigado aí todo mundo que torceu por mim, minha irmã principalmente. Agradeço muito ela... E falar pro meu irmão e pra irmã que ainda vai passar por esse procedimento, que pode fazer tranquilo que tudo vai dar certo. E um abraço pra minha família toda, até mais”.

“Que lindo, esse é o Fábio que eu quero que continue assim, forte, com muita vontade de viver”, diz Silvana.

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