segunda-feira, 24 de setembro de 2012

BIOFÍSICA


BIOFÍSICA

HEMATOLOGIA

A ORIGEM DAS CÉLULAS BRANCAS

Objetivo:

Escrever sobre a origem dos leucócitos utilizando a literatura como fonte de pesquisa.

Introdução:

As principais células do sistema imunológico são os leucócitos. Os leucócitos incluem monócitos, linfócitos, eosinófilos, basófilos e neutrófilos. As células que são reconhecidas pelo sistema imune são denominadas antígenos. As células brancas têm  a capacidade de reconhece-los e de quando voltar a reconhecer, reagir rapidamente a este antígeno, quando reintroduzido no organismo.

As Células Brancas e suas funções:

Linfócitos:

Os linfócitos são as principais células defensoras de nosso corpo. Existem os linfócitos T que se diferenciam no Timo  e os linfócitos B que se diferenciam na medula óssea.

Linfócitos T: Atuam na imunidade mediada por células e na regulação da síntese de anticorpos. Podemos ter 3 tipos de linfócitos T:
Linfócitos T helper: Entram em contato com o macrófago iniciando a resposta imune. Libera interleucina para regular a produção das células citotóxicas e dos linfócitos B.
Linfócitos T supressores: Suprem resposta imune e atuam em células alvo
Linfócito “natural killer”: Atuam na rejeição de transplantes e ataca célula tumoral.

Linfócitos B: Atuam na imunidade humoral, sintetizam anticorpos e os secreta após sua diferenciação em plasmócitos.

Monócitos:

São encontrados no sangue e quando vão para os tecidos, se transformam em macrófagos. Os macrófagos fagocitam agentes agressores e integram a imunidade humoral, celular, iniciando a resposta imune como células apresentadoras de antígenos aos linfócitos T

Basófilos

Estão envolvidos em  reações alérgicas de hipersensibilidade imediata e por isso são muito poucos no sangue periférico ( menos de 1%).

Eosinófilos:

Modulam reações de hipersensibilidade

Neutrófilos:

É ativo na defesa do organismo contra infecções, através da motilidade, fagocitose, quimiotaxia, e digere microorganismos.

Origem das Células Brancas

O mesoderma embrionário reveste externamente o saco vitelino. Os primeiros vasos sanguineos se originam a partir desse mesoderma. A partir as terceira semana de gestação, formam-se acúmulos de células mesenquimais (as ilhotas de Wolff). A porção periférica das Ilhotas de Wolff dá origem a um epitélio de vasos e a porção central forma células sanguíneas primitivas e indiferenciadas (megaloblastos).  Este é o período de produção das primeiras células sanguíneas.

O megaloblasto vai para o fígado e a partir do segundo mês  de vida fetal, o fígado produz glóbulos vermelho e alguns megacariócitos.  No fim do terceiro mês de vita fetal, o baço produz glóbulos brancas e depois plaquetas e glóbulos vermelhos.

Já no sétimo mês de vida, a medula óssea dos ossos, produz células como leucócitos, plaquetas, glóbulos vermelhos e células progenitoras. O fígado e o baço deixam de produzir  e a medula óssea é ativa em quase todos os ossos no nascimento. As células maduras e diferenciadas saem da medula por fenestrações citoplasmáticas do endotélio vascular e atigem capilares sinusóides. O Timo e os linfonodos tem grande atividade e a sobreposição do sistema linfóide como mielóide  é comum para a imunidade da criança.

Após quatro aos de idade, há depósito de gordura nos ossos longos (medula amarela). A medula vermelha se restringe aos ossos do tronco. Aos 20 anos de idade, a medula vermelha somente se localiza no esterno, pelve, costelas, vértebras e crânio. E então as células sanguíneas são produzidas na medula.

Todas essas células originam-se a partir de moléculas precursoras encontradas na medula óssea denominadas Stem Cell. A Stem Cell se divide ou se renova dando origem à linhagem Linfóide e à linhagem Mielóide. A linhagem Linfóide origina linfócitos a através de maturação e diferenciação de várias células para então formar um linfócitos. Já a linhagem Mielóide, após a maturação e diferenciação de várias células, origina os granulócitos (neutrófilos, eosinófilos e basófilos), monócitos eritrócitos, e megacariócitos (plaquetas)

Análise:

Nota-se que existem órgãos participantes  do sistema imune e estes órgãos possuem e produzem as células do sistema imunológico, os leucócitos.

Órgãos linfóides primários

Timo

No Timo é onde ocorre a proliferação e diferenciação de células precursoras em linfócitos T, os quais migram deste órgão e se distribuem pelos vários órgãos linfóides secundários. A maior parte desses processos, como já vimos, ocorre na vida fetal, porém mesmo na vida adulta o Timo  conserva a potencialidade de diferenciar células precursoras em linfócitos T.

O Timo é um órgão formado por 2 lóbulos, situado no mediastino superior. Uma cápsula de tecido conjuntivo reveste cada lóbulo e emite septos que  penetram nos lobos dividindo-os em lóbulos tímicos contínuos entre si. Em cada lóbulo tímico há a região periférica ou cortical, onde é muito densa a quantidade de linfócitos, e a região medular, com uma densidade menor de s. Grande número de células em degeneração é encontrado neste órgão. .Na região medular, encontram-se corpúsculos de Hassal, que são células epiteliais reticulares queratinizadas. Macrófagos são encontrados tanto na região cortical como medular. Células dendríticas originárias da medula óssea também são encontrada e são mais facilmente visíveis na região medular.  As células precursoras de timócitos, derivadas da medula óssea entram no Timo pelos capilares venosos ramificados e os linfócitos T deixam o órgão pelos linfáticos eferentes e pelas vênulas da região medular.

Medula Óssea

As células sanguíenas são produzidas no compartimento hematopoético  da medula óssea. Este é formado por uma rede contínua de cordões hematopoéticos que se dispõem entre os seios venosos. A circulação sanguínea neste órgão, é fechada e não há linfáticos. No compartimento hematopoético há um estroma de fibras reticulares e células reticulares onde estão ancorados macrófagos e as diversas células em desenvolvimento da medula. Encontram-se agrupados de células megacariócitas além de áreas de maturação de granulócitos. 30% das células da medula óssea são linfócitos e em mamíferos há a  diferenciação dos linfócitos B. estas células penetram  nos seios vasculares, atravessam aberturas encontradas no endotélio e caem na circulação venosa, sendo distribuídas pelos órgãos no organismo.

Linfonodos

Os linfonodos são distribuídos  ao longo dos vasos linfáticos que drenam regiões do organismo. A linfa é formada pelo líquido reabsorvido nos tecidos conjuntivos. A porção líquida da linfa serve de transporte para macromoléculas e células, principalmente linfócitos e células dendríticas. A linfa circula sempre dos tecidos em direção aos linfonodos e destes para os linfonodos sucessivos que se ligam por vasos linfáticos mais calibrosos e que deságuam no átrio direito do coração. Os capilares iniciais linfáticos, no tecido conjuntivo periférico, são revestidos por membrana basal e uma camada de células endoteliais descontínua, permitindo fácil passagem de células e líquidos para o seu interior. A linfa é filtrada pelos linfonodos, entra pelos vasos linfáticos aferentes na porção convexa do linfonodo, caindo no seio subcapsular. A linfa atravessa o estroma e células do linfonodo, saindo pelos linfáticos eferentes que emergem no hilo. No hilo saem a veia e a artéria principal do linfonodo. Linfócitos que chegam podem ficar retidos no órgão e outros podem sair com a linfa pelo linfático eferente. Antígenos ficam retidos no linfonodo e são fagocitados por macrófagos ou células dendríticas. A rede de linfáticos funciona como uma armadilha para a captação de moléculas estranhas e como local onde linfócitos podem ser ativados, proliferar e se diferenciar para produzir as moléculas que irão eliminar o antígeno. Existe grande mobilidade de linfócitos no linfonodo em razão da contínua circulação. As áreas de predominância dos linfócitos B são os folículos e cordões medulares e dos linfócitos T é a região interfolicular e paracortical.

Baço

Este órgão participa da eliminação de células sanguíneas lesadas , além de controlar infecções sistêmicas nas quais os microrganismos e antígenos estão presentes na circulação. Na região do hilo se encontram  a artéria e a veia esplênica  e mais alguns vasos linfáticos eferentes. O órgão é envolvido por uma cápsula de tecido conjuntivo fibroso e seu estroma é formado por  trabéculas de tecido conjuntivo que penetram no órgão por uma malha de fibras reticulares. No Baço também encontramos a Polpa Branca (área esbranquiçada que se dispõe como nódulos) e polpa vermelha (fundo vermelho escuro). Na polpa vermelha, há uma rede de sinusóides que se originam das ramificações terminais mais finas das artérias esplênicas. Contêm células sanguíneas como monócitos, macrófagos, células dendríticas, neutrófilos, eritrócitos, linfócitos e plasmócitos. Os nódulos da polpa branca são os folículos linfóides e é uma área onde se encontram os linfócitos B. A bainha linfocitária que envolve as arteríolas chama-se bainha periarteriolar e é uma região onde predominam os linfócitos T Interações entre macrófagos, células dendríticas e linfócitos T concorrem em zonas limítrofes da bainha periarteriolar com a polpa vermelha.

Discussão:

Em geral, quando lembramos de leucócitos, logo pensamos na circulação sanguínea, porém com este relatório nota-se que estas células brancas encontram-se não somente no sangue, mas também em outros órgãos muito importantes do nosso organismo, como bacio, linfonodos, medula óssea e timo. Além disso, muito desses órgãos são importantes inclusive para a origem dessas células. É importante destacar que os leucócitos, ao mesmo tempo que estão presentes no sangue e nos órgãos comentados anteriormente, também distribuem-se na lâmina própria de mucosas que revestem o aparelho respiratório e digestivo (tonsilas palatinas e Placas de Peyer).  Deste modo, eles desempenham a sua função sistêmica em nosso corpo, nos defendendo, destruindo os invasores e dando a vida por nós.

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