sábado, 1 de setembro de 2012


Como diagnosticar a arritmia?

O primeiro passo é procurar um médico cardiologista (médico de coração), que irá realizar um interrogatório sobre os sintomas e um exame físico no paciente. Após esses procedimentos, ele solicitará alguns exames para esclarecer o diagnóstico, como por exemplo:
  • Eletrocardiograma: registro dos impulsos elétricos cardíacos através de eletrodos colocados sob a pele no tórax, braços e pernas. O resultado pode ser normal, mesmo em pacientes com arritmia. Algumas vezes, torna-se necessário realizá-lo durante a ocorrência dos sintomas. O paciente pode ir imediatamente a um serviço de emergência para ser examinado enquanto a aceleração estiver presente. Porém, freqüentemente, o quadro já pode ter sido resolvido espontaneamente quando o paciente chega à emergência.
  • Holter de 24h: trata-se de um aparelho portátil que grava o eletrocardiograma por 24 horas.

Holter de 24 horas: aparelho portátil para registro de eletrocardiograma durante 24 horas.
  • Monitores de eventos: trata-se de um aparelho que grava o eletrocardiograma por 7 a 15 dias, sendo acionado pelo paciente quando a crise aparece.
  • Teste ergométrico: utilizado para arritmias que aparecem durante o esforço físico ou para observar o comportamento da arritmia durante o esforço. Pode ser útil também para determinar se a doença coronariana é causadora dessas arritmias.
  • Ecocardiograma: um tipo de ultrassom do coração que permite visualizar se há doença no músculo cardíaco ou nas válvulas, que possam estar causando essas arritmias.
  • Tilt-teste: está indicado para pessoas que apresentam desmaios durante a posição em pé ou sentado, precedidos por tonteiras, visão turva, sudorese. Consiste em deitar o paciente numa mesa que se inclina durante o exame. A pressão sangüínea e os batimentos cardíacos são monitorizados. Se houver queda da freqüência cardíaca e/ou da pressão o exame é considerado positivo.

Teste de inclinação (tilt teste)
  • Estudo eletrofisiológico: teste provocativo através de cateteres (fios flexíveis), que permite realizar uma avaliação da integridade do sistema elétrico do coração e a indução de arritmias através de estimulação do coração, em pacientes com predisposição. Caso se comprove a existência dessas arritmias, elas podem ser tratadas através de uma cauterização no local afetado, processo denominado ablação por cateter.
Quais os tratamentos para arritmia?

Existem várias modalidades de tratamento e a escolha depende do tipo de arritmia, freqüência e severidade dos sintomas. Em alguns casos, não é necessário o tratamento. Os principais são: medicações, cardioversão elétrica, mudanças no estilo de vida, marcapassos e desfibriladores, ablação por cateter e cirurgia.
  • Medicações: várias drogas são úteis para o tratamento das arritmias. As principais modalidades são:
    • Drogas antiarrítmicas: usadas para converter a arritmia para um ritmo normal. Exemplo: amiodarona, sotalol, propafenona.
    • Drogas para o controle da freqüência cardíaca: usadas para controlar a freqüência cardíaca, deixando-a abaixo de 100 batimentos por minuto. São elas: beta-bloqueadores (propranolol, esmolol), bloqueadores do canal de cálcio (verapamil, diltiazem) e digital (digoxina).
    • Anticoagulantes ou antiplaquetários: usadas para diminuir a formação de coágulos no coração, que podem ocorrer durante algumas arritmias. Saiba mais
  • Cardioversão elétrica: trata-se de um choque elétrico dado no tórax para restaurar o ritmo normal do coração, quando as medicações falham ou quando o paciente apresenta sintomas intensos com risco. É feita sob leve sedação (paciente dormindo).
  • Mudanças no estilo de vida: Parar de fumar, diminuir a ingestão de álcool e cafeína, evitar o uso de estimulantes (descongestionantes nasais, mediações para tosse, alguns suplementos nutricionais).
  • Marcapasso Cardíaco: pequeno dispositivo utilizado para estimulação elétrica, evitando que os batimentos cardíacos fiquem muito lentos. Consiste em um gerador de pulsos e eletrodos.
  • Cardiodesfibrilador implantável: aparelho capaz de monitorar e tratar os ritmos anormais do coração, que podem representar risco de vida. (taquicardia ventricular e fibrilação ventricular).

Modelo esquemático do coração com cardiodesfibrilador (CDI) com eletrodos no átrio e ventrículo direitos
  • Ablação por cateter: trata-se de uma cauterização por energia de radiofreqüência do tecido cardíaco responsável pela arritmia. Realizado através de cateteres introduzidos no coração.
  • Cirurgia cardíaca: poderá corrigir arritmias durante procedimento cirúrgico para tratar outras doenças no coração.

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