quarta-feira, 25 de abril de 2012

PRIMEIROS SINAIS DO CÂNCER DE TIREÓIDE


PRIMEIROS SINAIS DO CÂNCER DE TIREÓIDE
Fernando Luiz Dias - Oncologista
O Departamento de Vigilância e Pesquisa da American Cancer Society revela que
aproximadamente 22 mil novos casos de câncer de tireóide deverão ser diagnosticados
nos Estados Unidos ao final de 2003. Destes, 16.300 serão em mulheres e 5.700 em
homens. Serão cerca de 1.400 mortes por câncer de tireóide neste período.
A principal manifestação das patologias benignas e  malignas da glândula tireóide é a
doença nodular (isolada ou múltipla), que avança, habitualmente, sem deixar sinais ou
sintomas expressivos. Este tipo de câncer corresponde a um percentual que varia de 8 a
15% dos casos de nódulos tireoideanos, dependendo principalmente do sexo e da região
geográfica a qual o paciente pertence.
A incidência da doença é variável, de acordo com o  país estudado, fato que pode ser
explicado pelas variações na dieta básica, principalmente no que diz respeito à ingestão
de iodo. A utilização do sal iodado pela maioria dos países parece estar relacionada com
uma diminuição na incidência da manifestação da doença.
Fatores genéticos também podem predispor ao desenvolvimento do câncer da tireóide.
Existem formas familiares que permitem a identificação precoce de portadores de
alterações genéticas, sinalizando o desenvolvimento deste tipo de câncer. Com isso, é
possível a realização de tratamento cirúrgico efetivo, antes do estabelecimento da doença
maligna.
A exposição à radiação ionizante, seja acidental ou terapêutica, tem sido associada ao
aumento do risco de desenvolvimento do câncer de tireóide. O acidente nuclear de
Chernobil, em abril de 1996, exemplifica este conceito. As conseqüências catastróficas
do acidente atingiram a população que vivia nas redondezas da antiga União Soviética.
Grande número de crianças que foram expostas à radiação – particularmente as que se
encontravam em fase de desenvolvimento intra-uterino ou nos primeiros anos de vida –
desenvolveram câncer de tireóide. Foram registrados mais de dois mil casos relacionados
ao acidente nuclear, havendo ainda a possibilidade de mais casos nos próximos anos.  
A maioria dos pacientes com a doença apresenta queixas de nódulos na glândula tireóide
(geralmente encontrados no auto-exame ou em exame clínico ocasional) ou de nódulos
pré-existentes que apresentaram crescimento súbito.
Devemos suspeitar, particularmente, dos pacientes com história familiar de câncer de
tireóide, síndrome de Cowden e Gardner, além da síndrome familiar de câncer medular
de tireóide. Nódulos que crescem na vigência de tratamento clínico (hormonal), história
prévia de irradiação local com baixas doses, aumento de tamanho associado à dor local
ou rouquidão e nódulos tireoideanos em crianças, adolescentes e idosos, principalmente
em pacientes do sexo masculino, são considerados altamente suspeitos. No exame
clínico, valorizamos os nódulos endurecidos e fixos a outras estruturas do pescoço e,

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