quarta-feira, 10 de agosto de 2011

O QUE É O LINFOMA

Linfoma é um termo utilizado para designar qualquer tumor iniciado no sistema linfático e não na medula óssea como as leucemias. O sistema linfático faz parte do sistema imunitário do corpo e é composto por uma rede complexa de órgãos linfáticos, a medula óssea e o baço.
O sistema linfático é preenchido com um líquido chamado linfa, que contém nutrientes, desperdícios e células brancas do sangue (linfócitos) que circulam por todo o corpo.

Quando os linfócitos se desenvolvem anormalmente, podem originar tumores. O prefixo "linf -" indica sua origem na mudança maligna de um linfocite e do sufixo "- oma" deriva da palavra grego "tumor".

O linfoma de Hodgkin foi nomeado por Thomas Hodgkin, um médico inglês que descreveu diversos casos da doença em 1832. 

Os linfomas são divididos em duas categorias principais:

- Linfoma de Hodgkin (LH) - doença de Hodgkin

O linfoma de Hodgkin é distinto de outros tipos de linfoma pela presença de um tipo característico de célula, chamada célula Reed-Sternberg (nomeada pelos cientistas que a descobriram). Embora sejam encontrados dentro dos nódulos da linfa, as células Reed-Sternberg podem não ser linfócitos.

O linfoma de Hodgkin começa geralmente nos nódulos da linfa e tende a espalhar-se de uma maneira razoavelmente previsível, movendo-se de uma parte do sistema linfático para outra. O linfoma de Hodgkin move-se então em órgãos incluindo os pulmões, o fígado, o osso e a medula óssea.

Há quatro estágios do linfoma de Hodgkin, baseados no teste padrão da propagação da doença. O estágio I representa a primeira fase local da doença, enquanto que o estágio IV significa que a doença se espalhou pelos vários órgãos distantes do local original da doença, porém e pelo sucesso geral da terapia, estes subtipos não são geralmente importantes para o prognóstico do linfoma de Hodgkin.

Sintomas e sinais

Os sintomas mais comuns dos linfoma são:
          - Inchaço sem dor nos nódulos da garganta, no tórax superior, no interior da caixa  torácica, na axilas, no abdómen ou nas virilhas. O aparecimento de nódulos da linfa noutras localizações ocorre menos frequentemente.
          - Febre, tosse e falta de fôlego.
          - Suores nocturnos.
          - Perda do peso e fraqueza.
          - Comichão persistente em todo o corpo.
          - Os pacientes podem sentir dor nos nódulos da linfa depois da ingestão de álcool, um sintoma pouco comum mas decisivo no linfoma de Hodgkin.
          - O baço pode sofrer um aumento.
O diagnóstico inicial nesta área pode ser difícil porque os sintomas podem ser confundidos com outras doenças. A única certeza de diagnóstico é com uma biópsia ao nódulo linfático aumentado.

- Linfoma Não-Hodgkin. (LNH) representam 85% dos linfomas e a sua incidência está a aumentar.

O linfoma de Não-Hodgkin representa um grupo de linfomas com distinções entre os tipos baseados nas características das células malignas, ou seja, representa um grupo das doenças e não apenas um tipo. Têm diferentes classificações quanto à progressão e incidência. Cada um agrupamento histológico é diagnosticado e tratado diferentemente, e cada um tem factores prognósticos que o categorizam como mais ou mais menos favorável.

Causas e factores de risco

A incidência anual de linfomas quase duplicou nos últimos 35 anos sendo que se desconhece a causa exacta deste factor. Há um aumento aparente na incidência do linfoma nas comunidades agrícolas; estudos apontam para ingredientes específicos nos herbicidas e nos pesticidas como sendo associados com a ocorrência do linfoma, mas a quantidade de tais exposições na frequência do linfoma não foi definida.  
Está no entanto provado que os linfomas não são contagiosos nem hereditários.
O diagnóstico de linfoma baseia-se sempre na caracterização anatómica do tumor em conjunto com o exame histológico (ou biópsia) da lesão. É muitas vezes necessário recorrer a métodos de imagem (radiografias e TAC) e exames laboratoriais para avaliar as repercussões da doença. Existem essencilamente 2 variedades de linfoma - o linfoma de Hodgkin (cerca de 20% dos casos) e o linfoma não-Hodgkin (cerca de 80%), sendo o linfoma de Hodgkin mais frequente em doentes jovens e o linfoma não-Hodgkin mais frequente em idades avançadas.Existem hoje em dia múltiplas formas de tratamento de linfomas, que se baseiam essencialmente no uso de medicamentos em regra conhecidos por quimioterapia, associados ou não a radioterapia e mais modernamente, medicamentos específicos de células tumorais, como sejam anticorpos monoclonais. Ao contrário do que é ainda frequente observar no conhecimento popular, muitos linfomas podem ser actualmente curados ou controlados de forma eficaz, proporcionando sobrevivências longas. Contudo noutros casos a cura pode exigir o recurso a transplantação de medula óssea.
O tratamento administrado a pacientes portadores de linfoma não-Hodgkin é escolhido especificamente para cada indivíduo. Essa escolha depende de muitos factores, incluindo ser de diagnóstico recente ou recorrente, se é do tipo indolente ou agressivo, em que estágio se encontra, qual é o tipo, ou ‘grau’, do quadro geral de saúde e idade do paciente, das suas necessidades e desejos.

Um diagnóstico de linfoma pode provocar uma resposta emocional profunda nos pacientes, membros da família, e amigos. Depressão, negação um sentimento de desespero, e o medo são reacções normais e usuais. Nenhuma reacção é considerada mais normal do que qualquer outra.


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